2.4.07

Lucro a preços fictícios III

Quanto vale o serviço público de distribuição de correio? Ninguém sabe. Trata-se de um conceito convenientemente obscuro que o mercado nunca avaliou, mas que entretanto serve para justificar o monopólio dos CTT. Mas existe uma forma de o avaliar. O governo, depois de dividir o país em áreas geográficas, pode colocar as várias concessões do serviço público a concurso. Este método teria duas vantagens. Por um lado, o estado compraria o serviço público ao preço mais económico possível de forma absolutamente transparente. Por outro, deixaria de haver um monopolista da distrbuíção de correio. Porque é que os governos não aplicam ideias como esta? Porque lhes dá jeito manter o serviço público a preços políticos para poderem justificar opções políticas duvidosas. Um serviço público sujeito a concurso a que todas as empresas podem concorrer colocaria as empresas públicas e semi-públicas em pé de igualdade com as suas concorrentes do sector privado.