O Le Figaro publica um excelente artigo sobre o possível Plano B que se implementará, caso, porventura, o "Non" à Constituição Europeia vença o próximo referendo, em França.
A ideia é simples. Numa primeira fase, continuar-se-íam a promover os vários referendos nacionais que se encontram já agendados.
Ulteriormente, então - e consoante o "Não" fosse mais ou menos generalizado, mais ou menos significativo no conjunto dos vários Estados membros e no universo da população europeia - adoptar-se-ía o método do "aproveitamento selectivo" das partes mais consensuais do actual Tratado, para, por via inter-governamental e/ou inter-institucional (ou mesmo através da aprovação e tentativa de ratificação de um novo, mais pequeno e linear Tratado), atingirem-se algumas das reformas e institucionalizarem-se algumas das soluções que, agora, se pretendiam introduzir com a Constituição Europeia....
Concluiu o referido diário parisiense que, neste caso e entre outras consequências resultantes da implementação deste Plano B, o relevo do "eixo franco-germânico" saíria enfraquecido, no contexto da construção europeia.
Ora, se este artigo não se dirigisse ao público (e eleitores) franceses, diria que era uma óptima medida de campanha a favor do "Não"...