15.4.05

Scotch ou Bourbon?

Hoje percebi a razão pela qual a direita está a perder a pretensa batalha cultural com a esquerda. Dificilmente poderemos evoluir, enquanto alguém se definir de direita com argumentos do estilo "não como meias doses", "nem bebo meio whisky", "nem fumo cigarros light". Graças a Deus (o do Céu, esclareça-se), existem pessoas como o CAA, e alguns dos meus colegas blasfemos, que não deixam a direita orfã, nas mãos de comentários ocasionais, digo, Acidentais.

Agora: já não há paciência para este chavão de que a crise da direita resulta de uma perda da "batalha cultural". Não que esta questão não tenha a sua pertinência - que a tem; basta ver como José Saramago se "politiza" a sí e à sua obra. Agora, quando se argumenta nesta linha, sustente-se devidamente.

Recomendo, assim, ao blogger Bourbon, antes do whisky, e para começar, uma leitura atenta d'A Sibila. Depois, quiçá, pode evoluir para o Vale Abraão. Este último tem uma vantagem adicional: se ficar cansadinho (são muuuitas páginas), pode sempre ver o filme! Assim, depois, pode comentar a obra com os amigos, nas tertúlias de salão, enquanto arrota a dose (inteira) de sardinhas com pimentos, bem regada com o vinho de lavrador da Quinta do "Tio".

No fim, agradeço que me explique, por favor, qual a importância cultural que a obra da Agustina tem no debate ideológico esquerda-direita, porque, essa, meu caro Bourbon, não percebi.
Rodrigo Adão da Fonseca

P.S. Ao meu homónimo divino: para sua informação, e para minha infelicidade, eu moro (embora de uma forma algo intermitente) em Lisboa; MST também. Não percebo assim o seu poste de fim-de-semana. Talvez me esteja a faltar a Fé para compreender os desígnios divinos...