Para além dos factores pessoais, subjectivos, que se revelarão decisivos nos próximos dias, mas que só serão conhecidos por parte dos 117 eleitores designados, para o exterior e como factor de geral análise, será extremamente significativo, e em primeiro lugar, a origem continental do novo Bispo de Roma. Continuará a ser um europeu? Voltará a ser um africano ou asiático? Ou estrear-se-á um americano? Essa primeira opção será determinante para se perspectivarem os próximos anos, pois que nunca será indiferente tal origem, em termos de cultura e opções pessoais, pastorais e políticas que inevitalmente tal escolha transporta. Com efeito, uma coisa será manter a eurocentralidade, outra, radicalmente diferente, será reconhecer a nova centralidade demográfica católica do continente americano (Brasil, México e EUA), ou a radicalidade da vivência religiosa em climas sociais e políticos adversos e totalmente diversos (Ásia) ou ainda, a via simultaneamente simbólica e real da «cruz» africana, com tudo o que tal poderia significar de mudança de matriz cultural e social.
O nome que escolher será também um excelente indicador da direcção e carisma que pretende adoptar. Clemente (XV) seria um bom sinal.
