Poderá passar pelo bósnio Vinko Puljic, arcebispo de Sarajevo. Isto se valerem alguns paralelismos históricos face a 1978, ano da eleição de Karol Wojtyla. Na altura estava-se no apogeu da tensão leste/oeste e o epicentro situava-se na Polónia. A abertura a leste e do leste, dificilmente pode ser dissociada do papel activo de Wojtyla enquanto arcebispo de Cracóvia e depois como Papa.
Hoje, os conflitos assumem uma natureza mais étnica e religiosa e a Bósnia é um dos seus epicentros e já o era antes do 11 de Setembro. O sorridente Vinko Puljic, um "jovem" como o era Wojtyla em 1978, vive no seio de tais conflitos e é quem melhor consegue fazer a ligação entre as várias etnias da Bósnia-Herzegovina. Católicos croatas, muçulmanos bósnios, ortodoxos sérvios e judeus, todos o consideram o seu cardeal e sonham com a sua ascensão ao papado.
Se eleito, a sua experiência de diálogo multi-étnico no seu País pode constituir uma mais valia na abertura a oriente e no estabelecimento de pontes com o Islão. Um nome de que poucos falam e, portanto, a ter em conta.