30.8.05

Estado a mais

VM, pelos vistos, também sofre do «paradoxo da compulsividade estatista». Reza no CN de hoje:

"A questão dos fogos florestais tornou mais evidente que:
(i) a propriedade privada e o mercado não garantem um ordenamento racional da floresta;
(ii) o interesse privado não assegura a prevenção dos fogos florestais (nem o combate contra eles);
(iii) a garantia de rendimentos privados implica enormes, e desproporcionados, custos públicos;
(iv) a resposta ao flagelo impõe a intervenção do Estado, restringindo mais ou menos severamente o uso da terra para efeitos florestais ou impondo obrigações onerosas aos proprietários florestais.

Para desconforto dos ultraliberais, existem áreas onde há Estado a menos, e não a mais..."

Será que temos «Estado a menos», como preconiza VM, ou, pelo contrário, uma presença excessiva do Estado em áreas para as quais não está vocacionado, demitindo-se daquilo que são as suas funções essenciais.

Será que o que falta é um Estado menor, mas ao mesmo tempo mais forte, mais efectivo no cumprimento das tarefas que o Liberalismo lhe reserva?

Será que alguém acredita, como VM, que o problema dos incêndios se resolve com mais Estado?

Rodrigo Adão da Fonseca