20.10.05

Leitura recomendada (II)

A propósito da Segurança Social, escreve no DE José Manuel Moreira, um peso-pesado do luso-liberalismo cujo regresso a estas lides se saúda:

(...) Será que o povo ainda não percebeu que solidariedade, antes virtude, significa agora coacção sobre o dinheiro dos outros? Felizmente as palavras não perdem facilmente o sentido. E o poder dá uma ajuda, ao continuar a chamar ao dinheiro dos contribuintes um nome cheio de coacção: impostos.Tudo somado, olhando para o orçamento, talvez o problema maior, para além da urgente redefinição das funções do Estado, esteja na segurança social, vista ainda como paradigma da democracia moderna. Não deve ser por impedir as pessoas de escolherem, ao impor quotizações obrigatórias. Muito menos por ter sido criada por um famoso anti-democrata como Otto von Bismarck, o "chanceler de ferro", e impulsionada depois por numerosos inimigos da democracia, como Franco e Salazar. Talvez seja por ter sido questionada por uma tal "dama de ferro"... Passar das mutualidades sindicais livres para a segurança social, terá sido mesmo um avanço? Para onde? Será que ainda não percebemos que por efeito de conquistas ditas sociais se justificou a conquista da sociedade pelo Estado? (...)

Vale a pena ler o resto do artigo.