10.10.05

Notas Soltas Sobre a Noite Eleitoral

Iniciando a minha participação no blogue blasfemo na noite de ressaca autárquica, este primeiro post só poderia ser relacionado com o acto eleitoral de ontem. Já quase tudo foi dito e escrito, mas ainda restará espaço para algumas breves notas adicionais.

1. Valentim Loureiro esteve mal. Na hora da vitória esmagadora, não lhe ficou nada bem o insulto e a gozação repetida que fez à altura de Marques Mendes que, por sinal, também foi um dos vencedores da noite. Não, aqui nunca farei qualquer brincadeira com detalhes físicos de outras pessoas. Por exemplo, ninguém lerá nenhum comentário meu sobre o tamanho do cérebro do João Teixeira Lopes.

2. Carrilho esteve bem quando protegeu Sócrates, ilibando-o da derrota. O resultado obtido na capital deve ser assumido a nível individual. É hoje claro para toda a gente que Lisboa foi uma derrota pessoal de Bárbara Guimarães. O pior momento de Manuel Maria Carrilho foi o gesto muito desagradável que teve para com o seu director de campanha. Agradecer-lhe o trabalho citando-lhe o nome em público, equivale a condenar o pobre infeliz ao desemprego.

3. Noite triste para Louçã. Ele, que tanto perseguiu os 'bandidos' e que tanto lutou pela derrota desses candidatos, viu-os triunfarem em Gondomar, Oeiras, Felgueiras e Salvaterra. Mais quatro derrotas pessoais.

4. É perfeitamente natural a indiferença com que os portugueses receberam a notícia do nosso primeiro furacão. Somos portugueses. Ciclones, tornados, tempestades ou furacões não nos metem medo. E temos razão para isso. Basta reler a quantidade de artigos que por cá foram publicados a ensinar aos americanos o que é que eles deviam ter feito com o Katrina para perceber que Portugal está repleto de especialistas no sector.

5. Vale a pena encomendar sondagens à Intercampus. Estão em saldo.


PS - Agradeço a todos os blasfemos o convite e as palavras simpáticas que me dirigiram. Partilhando dos mesmos princípios liberais, o entendimento será certamente fácil. Muito obrigado.