«P. Receia um contágio desta crise a outros países europeus?
R. Se houver, será muito menor no estrangeiro do que em França, pela simples razão de que em França, há uma exigência muito forte de intervenção do Estado, e essa exigência é mais fraca noutros países. Em França, temos o Estado e mais nada. Noutros países, na Alemanha e na Espanha, por exemplo, as regiões desempenham um papel que amortece os choques económicos. As colectividades regionais e locais estão no primeiro plano da gestão dos problemas, e não há nesses países este diálogo extremamente perverso e infantil que prevalece em França: o cidadão, sozinho, contra o Estado a quem pede tudo. E quando não obtém o que quer, morde, como uma criança.
É este o âmago do mal-estar francês»
Pascal Perrineau, professor de Ciência Política, Público (sem link)
R. Se houver, será muito menor no estrangeiro do que em França, pela simples razão de que em França, há uma exigência muito forte de intervenção do Estado, e essa exigência é mais fraca noutros países. Em França, temos o Estado e mais nada. Noutros países, na Alemanha e na Espanha, por exemplo, as regiões desempenham um papel que amortece os choques económicos. As colectividades regionais e locais estão no primeiro plano da gestão dos problemas, e não há nesses países este diálogo extremamente perverso e infantil que prevalece em França: o cidadão, sozinho, contra o Estado a quem pede tudo. E quando não obtém o que quer, morde, como uma criança.
É este o âmago do mal-estar francês»
Pascal Perrineau, professor de Ciência Política, Público (sem link)
