Estejamos ou não em recessão, certo é que o discurso e as medidas visando a confiança estão a ter um efeito contrário ao pretendido. Coisa de resto normal, quando os decisores políticos se põem com excessos de voluntarismo.
Ora, se esta política não está a resultar, porque não invertê-la totalmente? Admitindo:
- Redução brusca de impostos (vg., uma taxa única de 15% para IRS, IRC e IVA);
- Privatização de escolas, universidades, hospitais e todas as empresas e golden shares ainda na posse do Estado;
- Cancelamento definitivo dos projectos da Ota e TGV;
- Revogação de planos tecnológicos e dos projectos megalómanos de criação de emprego;
- Implementação imediata de portagens em todas as auto-estradas do país;
- Liberalização dos despedimentos, incluindo na função pública;
- Extinção do salário mínimo e de todos os subsídios assistencialistas;
- Extinção da maior parte dos ministérios e institutos públicos que seriam (são?) redundantes.
Haveria fortes probabilidades de restauro da confiança, de retoma do investimento, de enorme afluxo de capitais do exterior.
Não valeria a pena tentar? É que já não há nada a perder!