Devo dizer que Joana Amaral Dias acerta na mouche quando escreve: Quando o consumidor toma o lugar do cidadão não são necessárias decisões políticas. Ora, como é que os pobres consumidores viveriam sem decisões políticas? Teriam certamente uma vida triste e miserável. Mas a politização dos mercados é claramente insuficiente. É necessário substituir progressivamente o mercado que ainda subsiste pela decisão política. Assim:
1. As vendas de apartamentos devem ser proíbidas. Todos os apartamentos serão atribuídos por uma comissão política nomeada pela Assembleia da República. Haverá uma lista de espera e os bons cidadãos terão prioridade.
2. Uma segunda comissão distribuírá os automóveis. Para simplificar o seu trabalho, será adoptado um modelo automóvel único: o Trabant.
3. Cada cidadão receberá em sua casa senhas para as compras do mês. Uma comissão de ética decidirá aquilo que cada cidadão poderá consumir.
4. Autorizações para viajar serão dadas pela comissão de moradores do interessado.
5. Acaba a liberdade editorial. Uma comissão política decidirá os conteúdos da rádio, televisão, jornais e blogs.
Estou certo que com estas medidas teremos a política de volta e a ética de que fala a JAD estará salva.
