15.11.05

SOBRE AQUELA POSTA

Sobre a posta e os comentários que esta suscitou:
- Não estou a defender Cavaco, apenas a atacar a "entrevistadora";
- Como bem notou o José não tenho a preocupação de ter, no Blasfémias, nem bom tom nem bom gosto: nisso, também, está ínsito o conceito de uma... blasfémia;
- a senhora "entrevistadora" esteve lá para se ouvir a si própria: insinuou, desconversou, interrompeu, acusou e sentenciou, tudo com o ar de quem está acima da discussão e que detém em exclusivo a verdade insofismável e insindicável de todos os factos;
- a minha reacção foi a de um mero espectador que, por acaso, tem um veículo chamado blogue: estou demasiado cansado daquela voz arrastada e viciada, aborrece-me a pose decadente de quem julga dispor da autoridade mediática para arrasar qualquer um sem consequências;
- o grande erro de Cavaco (deve ter sido superiormente aconselhado pelo presidente da sua Comissão de Honra...) foi ter aceite ser "entrevistado" por uma personagem assim;
- estou farto do omnipresente tom adocicado, que tudo embrulha em paninhos quentes, com que é de «bom tom» analisar a realidade política portuguesa e que é histericamente requerido nos comentários à posta: quem quiser permanecer nesse estilo deixe os blogues (pelo menos este) e vá comprar o Expresso;
- esse estilo amaneirado, eufemisticamente castrado, que tão bem transparece nestes comentários é um dos principais sintomas da mediocridade compulsiva dos tempos em que estamos.
(não tenhais medo, como dizia o outro...)