
Actuam assim porque podem. Porque sabem que ficarão sempre impunes. Que neste país de conluios e compadrios, os dirigentes da arbitragem, da Liga, a imprensa e tudo o resto, desculparão o indesculpável e em uníssono jurarão que «o lance é apenas duvidoso» ainda que ninguém tenha dúvidas.
Nuno Gomes ajeitou a bola «com a parte lateral do peito com o braço à ilharga» - assim cuspiu, desonestamente, um comentador da TVI a fazer de "justificador" de serviço. As imagens mostravam que não, que foi mão, mas isso não importa. O país encarnado dirá sempre aquilo em que, com toda a certeza, os mais tolos acabarão, até, por acreditar.
Porque o país foi educado assim e creio que já atingimos o ponto de não retorno. O terceiro-mundismo tem muitos rostos.
Entretanto, na televisão pública dá um filme sobre o milagre das aparições de Fátima. Na RTP Memória alguém guincha um fado.
Nada a fazer, Portugal está igual a si próprio.