31.1.06
Never surrender
«We do not apologise for printing the cartoons. It was our right to do so», Flemming Rose, editor de cultura do Jyllands-Posten.
(ver contexto)
Coisas que fascinam:
Nomeações
Para os Oscares. (via contrafactos&argumentos)
Destaque para as 3 de George Clooney: actor secundário, realizador e argumento.
Certificação e condecorações
Microsoft vai apoiar formação de 50 mil elementos das forças de segurança
Microsoft e Estado querem formar um milhão de portugueses em cinco anos
Misturar negócios com condecorações é a forma mais rápida de desvalorizar uma condecoração.
SE AINDA NÃO COMPROU VÁ JÁ AO QUIOSQUE MAIS PRÓXIMO
Sobre o casamento
31 DE JANEIRO DE 1891
31 de Janeiro, proclamação da República no Porto - 1891
A proclamação da Republica das janellas da Camara Municipal
Grav., Bertrand Dete in A Ilustração, Paris 1891, vol. 3, p. 73, BN J. 1505 M.
[...] o Partido Republicano tem-se alastrado, não porque aos espíritos democratizados aparecesse a necessidade de implantar entre nos as instituições republicanas, como as únicas capazes de realizar certos progressos sociais - mas porque esses espíritos sentem todos os dias uma aversão maior pela política parlamentar, tal como ela se tem manifestado, com o seu cortejo de males, nestes derradeiros tempos.
Eça de Queirós «Novos factores da política portuguesa», in Revista de Portugal, 1891
JORNAL DINAMARQUÊS PEDE DESCULPA *
Que estranho e anacrónico está a ficar o mundo em que estamos...
* O Gabriel tem razão - as "desculpas" do jornal dinamarquês não o foram realmente. Ver aqui.
Bem feito
Desconcertante SOLIDARIEDADE CANINA!
"Foi uma mudança (a pata de cão recortada no cabelo). Todos sabem que adoro cães. E os doberman TAMBÉM são vítimas de grandes injustiças ao longo da vida, achei que lhes devia esta homenagem".
(com a devida vénia de "Lapidar" in "A Bola", Ed. 31.01.06, p.9)
Blogs recomendados:
Adriano Miranda
David Clifford
Fernando Veludo
Gonçalo Santos
Miguel Madeira
Pedro Melim
111 969
Trata-se mesmo da Wikipédia em português e não da wikipédia portuguesa ou brasileira ou angolana. Este projecto fez mais pela comunidade língua portuguesa que todos os governos dos países da CPLP juntos.
Lei alemã obriga Google à auto-censura
Google.com - 496 entradas
Google.de - zero entradas
Absent from Google's French and German listings are Web sites that are anti-Semitic, pro-Nazi or related to white supremacy
Palestina, liberdade e responsabilidade
(In)segurança Social
O capricho dos ricos
Ver também:
liberalismo e pobreza nacional
30.1.06
Blasfémia
Bob Englehart, Hartford, Connecticut -- The Hartford Courant,
MAS MUITO MAL NA CHINA...
Mike Lane, Caglecartoons.com
Minister of Silly Laws
A perda
Pois.
Até ouvi dizer que houve eleições, directas, com uns milhões de votos em vários candidatos. E que um deles ganhou.
Será certamente meramente académica, a hipótese de um orgão de soberania eleito directamente não ser um «centro de poder». Mas pronto.
Pergunta do dia
Não Blasfemarás
«Blogues como Espectro, Blue Lounge, O Insurgente, Portugal Contemporâneo ou Causa Liberal, entre outros, têm trocado ideias sobre se a eleição de Cavaco Silva favorece ou não a afirmação de uma alternativa não keynesiana nem social-democrata, também não obrigatoriamente ligada à direita tradicional (que em Portugal nunca foi liberal e sempre preferiu o proteccionismo, da mesma forma que preferia o paternalismo autoritário à responsabilidade individual), antes moderna e visceralmente anti-estatista.»Num ou noutro local e em e-mails, há quem se refira à não inclusão do Blasfémias na lista de blogues que JMF refere. Na realidade, nem sei se já aqui debatemos muito a afirmação da alternativa não-keynesiana, não social-democrata, não direita-tradicional ligada à eleição de Cavaco Silva. É certo que gostamos de debater alternativas não-keynesianas, não sociais-democratas, não direitistas, não esquerdistas, não estatistas e não politicamente correctas, mas não sei se alguma vez o debate foi feito no estrito âmbito da eleição de Cavaco Silva. O Público é um jornal muito preciso nas suas citações.
Na realidade não é preciso ir por aí. A verdadeira razão para a não inclusão do Blasfémias na lista era outra. Encontrei-a aqui:
«O Livro de Estilo do PÚBLICO estipula que "não são admissíveis as obscenidades, blasfémias, insultos ou qualquer tipo de calão, excepto quando são essenciais à fidelidade da notícia ou da reportagem - e após consulta do editor."»Está explicado. No Público, Blasfémias não.
Bem
BUROCRACIAS
A nossa "luso burocracia" é uma característica nacional. Não é uma simples burocracia, como outra qualquer. Nem sequer é uma burocracia neutra, um instrumento de organização racional, tal como foi descrito e teorizado por Max Weber.
Não! A burocacia nacional é interventiva; pretende "ginasticar" os seus destinatários (ou seja, os cidadãos) na difícil arte da "paciência oriental".
Bem vistas as coisas, faz-nos um favor que, muitas vezes, não compreendemos: falando de paciência, vai-nos preparando para a terrível competição Chinesa. Pena é que só sejamos por ela (pela burocracia) exercitados neste item (o da paciência)!
Voltando à teoria de Weber, esta descrevia sete princípios fundamentais, estruturantes da própria ideia de burocracia, a saber:
1- Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.
2 - Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.
3- Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.
4 - Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado funcionará tanto com uma pessoa como com outra.
5- Competência técnica: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades, havendo necessidade da existência de outras formas de avaliação objectivas.
6- Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção, não os possuem.
7 - Profissionalização do funcionário.
Estes princípios visavam, na teoria de Weber, propiciar a máxima racionalização e eficiência de uma qualquer organização. Será interessante, com um espírito de curiosidade histórica e académica, comparar o modo geral do funcionamento da nossa burocracia, com os princípios referidos. Começando, desde logo, pelo da competência técnica e pelo da profissionalização do funcionário que, pressupõe-se, implicará correspectivamente a sua adequada preparação.
PS - Claro que este post não tem nada a ver com uma parte significativa das notícias de hoje, na nossa imprensa....Estas serviram apenas de pretexto lateral. Com efeito, as medidas anunciadas são positivas, no entanto, uma andorinha não faz a primavera ....neste caso, ainda nem sequer começou a voar.
Mas que nos traz alguma esperança, lá isso traz!
Neve
Sierra Nevada, Abril de 2004. Mais neve aqui.
Ontem, andei assim
Surpreendido no meio da A1. Pára, arranca, o carro a deslizar, a pelissar, a 2 km por hora, 2 horas para chegar a uma saída a apenas 5 km...... Receio, medo. Umas bestas aceleradas espatifadas na berma ou no meio da via. Carros abandonados.
E ainda me vem falar da «beleza natural».....
A ciência dos números e do cálculo, de Platão até hoje.
Tal ciência seria necessária a uma pessoa, ainda segundo o mesmo texto, "se quiser ser um homem". Dado que a "ciência dos números e do cálculo" poderia "conduzir à verdade" uma das figuras do diálogo, Sócrates, sugere à outra, Gláucon, que "se determinasse por lei este aprendizado".
Para Platão, seria defensável chegar "à contemplação da natureza dos números unicamente pelo pensamento, não cuidando deles por amor à compra e venda, como os comerciantes e retalhistas, mas por causa da guerra e para facilitar a passagem da própria alma da mutabilidade à verdade e à essência".
O autor conclui ainda que "os que nasceram para o cálculo nasceram prontos, por assim dizer, para todas as ciências, e que os espíritos lentos, se forem instruídos e exercitados nele, ainda que não lhes sirva para mais nada, de qualquer maneira lucram todos em ganhar maior agudez de espírito".
Teria Platão, neste caso, razão, será a "ciência dos números e do cálculo" necessária a alguém que queira "ser um homem"? Ou terá razão K.R. Popper (A sociedade aberta e os seus inimigos, Vol.1), escrevendo sobre Platão, quando diz que "grandes homens podem cometer grandes erros"?
Será verdadeira a alegação de Platão, segundo a qual a capacidade para o cálculo nasceria com cada um de nós, podendo embora ser treinada através do estudo?
A "ciência dos números e do cálculo" tornou-se algo de utilidade incontestável no mundo contemporâneo, e um dos principais cometimentos da civilização humana, a Ciência e o correspondente método científico, baseiam-se, em larga medida, nas ciências matemáticas. De facto, com elevada frequência, toma-se por comprovado aquilo que for passível de demonstração através de números, ou seja, através de prova factual, empírica. A chegada do Homem à lua servirá de paradigma de aplicação prática de cálculos complexos, aplicados à tecnologia apropriada, derivada da Ciência.
O desenvolvimento da electrónica e da informática, elas próprias altamente dependentes das ciências matemáticas, vieram, de alguma maneira, encerrar o círculo, na medida em que tornaram acessível o cálculo matemático à generalidade das pessoas. Mediante a utilização de programas informáticos disponíveis generalizadamente, qualquer pessoa pode executar cálculos que assombrariam, porventura, o próprio Platão.
Poderá justificar-se uma nota para comentar o facto de que o texto de Platão critica a utilização do cálculo em razão do "amor à compra e venda", em boa consonância com a filosofia política geral do autor, o qual visaria, ainda segundo o seu crítico K.R. Popper, "a paralisação e a subversão de uma civilização que reprovava".
Salvo melhor opinião, tal como acontece com escritos de outros autores, porventura com especial relevo para a "Política" de Aristóteles, a rejeição de alguns aspectos cruciais do pensamento de cada autor não nos deve, de maneira nenhuma, levar à rejeição do conjunto do pensamento expendido pelo autor. Idêntico raciocínio levaria à rejeição da vasta maioria dos escritos do século XX, muitos dos quais são baseados em pressupostos hoje frequentemente reconhecidos como errados, entre os quais a "luta de classes", por um lado, e o não reconhecimento da igualdade de direitos e de dignidade entre as pessoas, por outro lado.
Haverá ainda lugar para o pensamento sem base numérica? Sem dúvida que sim: na Filosofia, na Arte, no pensamento Jurídico. A própria "República" constitui uma demonstração intemporal da força do pensamento abstracto sem suporte empírico. Será notável, na nossa opinião, a capacidade de Platão para, em alguma medida, antecipar a importância decisiva dos números para o progresso da Humanidade. Tal fenómeno poderá ser mais do que mera coincidência: é que existem, no momento presente, inúmeros seguidores, quer de Platão, quer de Aristóteles, muito embora parte considerável dos mesmos possa nunca ter lido nenhum texto destes dois grandes pensadores.
José Pedro Lopes Nunes
Nota: "A República" encontra-se publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian (tradução de Maria Helena da Rocha Pereira), edição da qual foram retiradas as citações constantes neste texto.
Virtudes Liberais
The Moral Matrix
Será a teoria do Aquecimento Global falsificável?
é o que dá não saber do que se fala. a teoria do aquecimento global prevê precisamente um desregulamento climático que passa por exemplo pela que queda de neve e temperaturas negativas onde isso não costuma acontecer
O que este leitor quer dizer é que qualquer evento meteorológico digno de nota é uma prova do Aquecimento Global. Ora, se é assim, haverá algum evento hipotético que possa ser usado como prova de que a teoria está errada? Será a teoria do Aquecimento Global falsificável? Se não for falsificável, será uma teoria científica?
As melhoras
29.1.06
Canal Memória
Sir Houghton exemplifica a sua tese com a vaga de calor que atingiu a Índia, este antes da época das monções: «Quando esta vaga de calor assassino começou a baixar já tinha morto 1.500 pessoas, ou seja, metade das vítimas dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque».
Injustiças
Está visto, é o "aquecimento local" que vitima os incréus...
Quem os mandou eleger o Isaltino?
28.1.06
Saldos
O título da notícia é até cómico pela ingenuidade do que tenta dizer. Que o governo faz o seu papel, mas as autarquias...
A peça lá adianta que «as autarquias contrataram 3920 trabalhadores em 2005 e aposentaram apenas 1870». Ou seja, o saldo é 2050....e não 4 mil. É certo que as autarquias não cumpriram a «regra» de por cada 2 saídas contratar apenas um funcionário. Na prática utilizou-se uma «regra» inversa.
No entanto, o Estado central «Para um total de 10 091 aposentações, a administração central (ministérios) admitiu 6068 funcionários». Lá está, a «regra» também não foi cumprida, existindo em desvio de cerca de 20%. Mas pronto, a peça dá o tom do que se pretende: «a administração central, sem militares, registou no último ano uma quebra de 4 mil funcionários, quando comparadas as admissões e as aposentações, aproximando-se da regra que o Governo impôs a si próprio de contratar menos trabalhadores do que aqueles que aposenta». Ah? Como é? Sem militares? Pois, «em 2005 realizaram-se 6374 admissões para os ramos militares e de segurança». Bom, temos afinal na Adm. Central um saldo de + 2351 funcionários. O que é superior ao saldo das autarquias. Lá se vai o título....
Conclusão, o Estado (central+autarquias) contratou 16.362 novos funcionários. Aposentaram-se 11.961. Saldo de mais 4401. No entanto, o «cenário está ainda subavaliado, porque apenas traduz a realidade dos funcionários inscritos na CGA, não abrangendo as admissões feitas através do contrato individual de trabalho. O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) estima, por alto, que aqueles possam andar pelos 30 mil». Tch!!! Não há forma de se conseguir encaixar o título!
Seria igualmente oportuno lembrar o compromisso de «diminuir, em pelo menos 75 mil efectivos, o pessoal da Administração Pública, ao longo dos quatro anos de legislatura» feito por Sócrates e pelo Partido Socialista. Restam 3 anos para diminuir os 75 mil + saldo de 2005......
De tudo isto sobra o mais relevante que é os contribuintes estarem já a suportar liquidamente mais de 46 mil novos vencimentos.....
Discussão dogmática II
-- Não é nada, é branco e preto.
-- É cinzento.
-- Se reparares bem, é composto por pequenos pontos brancos que alternam com pequenos pontos pretos. É branco e preto. Basta ampliar um bocadinho. Olha:
-- Lá estás tu a defender o atomismo reduccionista. Só consegues ver o mundo a preto e branco. Ignoras sempre os tons de cinzento.
SOBRE O LIBERALISMO (essa tenebrosa utopia que afasta os "práticos")
Os liberais, a utopia e a passarada, pelo Miguel, n' O Insurgente.
"Já agora, que liberais utópicos exigem «a abolição imediata do SNS»?", por CN, na Causa Liberal.
mouzinho da silveira: um «mestre do liberalismo», pelo Rui, no Portugal Contemporâneo.
A revolta contra os Mestres
Os alunos entendiam determinar tudo, da selecção dos docentes ao conteúdo disciplinar [...] Na segunda reunião do Conselho Directivo, abordou-se a institucionalização de uma «escola ao serviço do povo». A certa altura, um dos alunos propôs que, como forma de eliminar o conteúdo classista do ensino, trouxessemos alguns proletários para as aulas.
[...]
As ideias de Pierre Bourdieu, sobre a assimetria de poder dentro da instituição escolar, haviam penetrado no corpo estudantil. Mesmo os que não tinham lido as suas obras -- a maioria -- estavam a par da tese que afirmava serem os professores uns autocratas, os quais deveriam aprender com os alunos, portadores estes de novos, e supõe-se que melhores, saberes.
PELA ENÉSIMA VEZ...
Não é à toa que defendemos o individualismo - praticamo-lo, também, sempre que possível.
Temos algumas causas comuns - mas não estamos na crença das glórias ou das culpas comunicadas por direito natural algo deslocado.
Resumindo: se alguém está magoado com um dos blasfemos faça o favor de não atingir, por causa disso, na sua justa sanha, aqueles que nada tiveram com a situação.
A boa educação também passa por aí...
Um VEGETARIANO não pode ser líder do PSD!
"Com as directas, os candidatos à liderança terão de se aproximar dos militantes do partido, ir a muitos jantares, comer muita carne assada, afirmou.
Para o presidente do PSD/Porto, as directas levarão a que a força da carne assada se imponha aos políticos de gabinete que detestam os militantes de base e preferem fazer política nos jornais e na televisão".
27.1.06
LEITURAS DE SERÃO
Vou tentar aí descortinar alguma pista para perceber melhor a subida discussão acerca da natureza etérea ou pragmática do liberalismo. Mas o mais certo é encontrar nessa bíblia um artifício para me furtar ao debate. Com uma imensa pretensão de elegância, é claro...
Redução das obrigações fiscais*
Governo quer acabar com declarações de IRS
«A informação recebida pela administração fiscal das entidades patronais e das entidades bancárias será suficiente para efectuar a declaração [sic] de cada contribuinte» (via causa liberal)
*declarativas
Campo minado
2. «Mas Vitalino Canas, que enquanto secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros (PCM) assumiu a coordenação do processo, quando Vitorino deixou o Governo (em Novembro de 1997), remeteu para o seu antecessor a abertura para aceitar o pagamento de uma compensação.»
3. «A comissão de inquérito ouviu [] João Cravinho, ex-ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, MEPAT, desmentir aquilo que havia sido dito na véspera por António Vitorino e Vitalino Canas, ex-secretário de Estado da PCM que herdou o dossier Eurominas».
4. «Narciso Miranda chamou ontem a si a decisão de reiniciar, em 2000, as negociações com a Eurominas que terminariam com o pagamento de uma indemnização de 12 milhões de euros. «
LEITURA IMPRESCINDÍVEL (actualizado)
Já agora, também me parece oportuna a referência do CN, Hans-Hermann Hoppe em 10 Lições (Audio), na Causa Liberal.
AS DÚVIDAS DE HELENA MATOS
Reduzir a despesa é que não!
Evidentemente, «Posteriormente, o ISP será ainda actualizado em função da taxa de inflação esperada para este ano, pressupondo-se por isso mais um aumento do imposto em 2,3%.».
Esta «lógica» é imparável e algures, num futuro não muito distante, um outro primeiro-ministro virá justificar novos aumentos de impostos. Por causa do défice herdado, à custa da OTA, do TGV, do Choque Tecnológico, das Scut, dos subsídios às empresas....).
Os mestres da moderação
Homenagem a Pierre Menard
Se eu me guiasse por alguns faróis da moderação que iluminam a blogosfera, já me tinha provavelmente albergado à sombra do radicalismo. Intolerância por intolerância, antes a velha esquerda anarquista do que este arrivismo ideológico que passa por moderação. Basta ler certas coisas que se escrevem, por aí, para se perceber que, para os seus mais zelosos apóstolos, a moderação?não é moderada. É um intricado de regras invioláveis e de certezas iluminadas. Uma luta feroz pela imposição da ortodoxia moderada. E um campeonato pueril de exibições mesquinhas e de egos mal ajustados. Ser mais moderado do que qualquer outro moderado é o grande desígnio que anima certos moderados. A moderação é o exclusivo de uns tantos: há sempre alguém, de cartilha em punho e de dedinho em riste, disposto a zelar pelos princípios da seita. O mínimo desvio e a mais leve heterodoxia são imediatamente denunciados pela pena fácil dos mestres. Os mestres, na sua prodigiosa sabedoria, conhecem, apenas, um único caminho: os moderados, se quiserem ser moderados, têm que pensar segundo cânones moderados que foram criteriosamente estabelecidos pelas autoridades moderadas entretanto, designadas. E os cânones são apertadinhos. Não dão azo a deambulações do espírito. Nem a tergiversações doutrinais. A coroa de glória dos mestres é apanhar um moderado em falta. Denunciá-lo na praça pública. Apontar-lhe a ignorância. E mostrar, pelo caminho, a sua superior inteligência de mestre. O mínimo que se pode dizer é que esta gente, coitada, faz pior à moderação que todos os apologistas do radicalismo.
Fundamentalismos
Teria a direita liberal e não fundamentalista a coragem e a convicção necessária para assumir como sua esta ideia do keynesiano e Social Democrata Miguel Cadilhe?
A frágil liberdade
A obrigação de retenção de dados, que já existe genéricamente e que foi recentemente reforçada por uma directiva do Parlamento Europeu, recai agora em França sobre todos os fornecedores de serviços, sejam as empresas telefónicas e ISP's, mas também cibercafes, restaurantes ou outros locais de acesso público, os quais deverão registar os dados de cada utilizador.
2. «Rui Pereira, coordenador da Unidade de Missão da Reforma Penal (UMRP), levantou anteontem, no Porto, o véu sobre algumas propostas de alteração do Código Penal e do Código de Processo Penal (...) Quanto à violação do segredo de justiça, que considera estar a levar a um "descrédito sobre a justiça", defendeu a penalização de quem tenha contacto ou tome conhecimento de elementos processuais reservados» (Público)
Tal incluí os «leitores» pois que também eles «tomam conhecimento de elementos processuais reservados»? Haverá retirada de jornais de circulação, interrupção de emissão televisiva e radiofónica, supressão/suspensão de blogs?
Por coincidência (ou não?), ainda há poucos dias, PedroF, no Contrafactos&Argumentos fazia eco de uma decisão judicial norte-americana nesse sentido: «Persons who have unauthorized possession, who come into unauthorized possession of classified information, must abide by the law," said Judge T.S. Ellis III. "That applies to academics, lawyers, journalists, professors, whatever».
E peguntava, muito oportunamente: «quanto tempo vai passar até ocorrer uma decisão semelhante em Portugal?». Pelo andar da carruagem, muito pouco....
3. A ler também: «Crime financeiro duplicou em Portugal no último ano vs. "Parlamento aplaude defesa do fim de escutas telefónicas a crimes como a corrupção"»
Aos «mancebos»:
O que é falso.
Em letras pequeninas, no mesmo anúncio se diz: «Para as cidadãs o recenseamento militar é facultativo».
Ora, há que ter presente o Artigo 13º da CRP:
«(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.»
Assim, caros mancebos, tal «dever» não vos pode ser imposto, nem em caso algum poderão vir a ser prejudicados pelo não cumprimento de uma «obrigação» a qual viola flagrantemente a Constituição.
Louvável
Medidas como esta são sempre de registar, embora não me custe a crer que foi sobretudo o receio da "cacicada menezista", que não razões de equidade, o principal objectivo da sua implementação.
O Mundo Imperfeito
Estima-se que no Mali, 55% das crianças entre os 10 e os 14 anos trabalhem. No Brasil serão mais de 15% e no Bangladesh cerca de 1/3. No Quénia são mais de 40%. Na China, cerca de 10%. Em todo o terceiro mundo a fotografia é a mesma, o trabalho infantil é não só uma triste realidade, como é, muitas vezes, a normalidade."Porque protestam estas pessoas?" - perguntou Maria Antonieta.
"Têm fome. Pedem pão." - respondeu o cocheiro.
"Se não têm pão, comam croissants."
Numa 'March Against Child Labour' em Nova Iorque, a repórter pergunta a uma criança que acompanha os pais: «Sabes porque é que estás aqui?». O miúdo respondeu: «Sei, é para protestar contra o trabalho infantil dos meninos que são obrigados a fazer Nikes no Vietname». A repórter insistiu: «Tens pena desses meninos?». A criança concordou: «Sim, acho que os meninos do Vietname também deviam poder jogar na Playstation e ver televisão, depois da natação.»
Milhões de crianças vietnamitas trabalham, nos arrozais, nas sweatshops, em fábricas de vão de escada que fornecem multinacionais e, principalmente, em casa. Serão os pais vietnamitas gente sem coração nem amor pelos filhos?
É fácil para um europeu do século XXI manifestar a sua indignação por estes números e exigir medidas para banir o trabalho infantil. Infelizmente não é possível acabar com o trabalho infantil gritando em manifestações ou publicando decretos-lei. A solução, a única solução, é o tempo. É esperar que os países mais pobres se desenvolvam, enriqueçam, e que os pais das futuras gerações consigam alimentar os seus filhos sem precisar de sacrificar a sua infância.
A ideia de que se podem castigar os países/empresas onde há trabalho infantil, através de embargos comerciais, essa sim, constitui um crime contra a pobreza. O miúdo do Vietname que passa a noite a coser bolas para a Nike, subcontratado por um qualquer subcontratado de um subcontratado da Nike, é invejado pelo filho do vizinho que trabalha 10 horas por dia nos arrozais ou nas minas e que também gostava mais de coser bolas em casa. Não só pagam melhor, como é uma bênção para os pais vietnamitas ter um filho a trabalhar em casa.
Se o ocidente decide de cátedra impedir a importação de produtos vietnamitas por causa do trabalho infantil, está apenas a tirar os miúdos de casa e a mandá-los de volta para os arrozais. A alternativa nunca é a Playstation ou os Morangos com Açúcar. É apenas mais pobreza e mais trabalho.
É óbvio que devemos sensibilizar, lamentar e por vezes exigir. Mas não podemos impor a quem nada tem que morra à fome em nome do nosso bem-estar intelectual.
E um ocidental, não pode fazer nada para acabar com este drama? Pode. Por exemplo, pode exigir o levantamento de todas as barreiras alfandegárias que impedem os países mais pobres de iniciar a sua longa caminhada na senda do desenvolvimento. Pode exigir o fim da PAC, o fim dos subsídios às empresas do mundo desenvolvido, o fim da ultra-regulação proteccionista.
Mais importante ainda, podemos também deixar de lhes vender "amanhãs que cantam". Há trabalho infantil no Vietname mas já não há na Coreia do Sul. No Laos, o trabalho infantil é generalizado mas em Singapura todas as crianças vão à escola. No Cambodja quase todas as crianças trabalham mas na Malásia o número tem-se reduzido significativamente. Ainda há muitas crianças chinesas a trabalhar mas já muito poucas em Taiwan. Será preciso explicar as diferenças entre os que ainda têm e os que deixam de ter?
26.1.06
Never Say Never Again
Mulheres do Sul
Jorge Sampaio, presidente entre 1996 e 2006, é casado com Maria José Rita, natural de Vila Real de Santo António, Algarve
Aníbal Cavaco Silva, presidente a partir de 2006, é casado com Maria Cavaco Silva, natural de Loulé, Algarve.
Três décadas de Algarve no leito presidencial?
O caso Google
The Internet treats censorship as a malfunction and routes around it.
John Perry Barlow
O Google tinha 2 opções:
1. Não entrar na China;
2. Entrar na China sujeitando-se às regras de censura impostas pelo governo chinês.
A segunda alternativa é aquela que melhor serve a causa da liberdade de expressão na China porque contribui para o aumento do número de canais de acesso à informação, precisamente aquilo de que os chineses precisam para contornar a censura que as autoridades chinesas fazem à internet. A primeira alternativa só serviria para tornar a censura chinesa mais eficiente.
AI, AI...
A CONFUSÃO: «depois de reduzido Estado às suas tarefas fundamentais... depois de tudo isso, poderemos, então, voltar a ser conservadores. Conservadores-liberais, bem entendido».
Realmente, assim quase que é melhor o soneto que a emenda. Ou, pelo menos, equivalem-se.
Reformas Administrativas
«O juiz Pedro Lima da Costa considerou que os seis milhões de euros que o Estado vai ser condenado a pagar «é o valor que a autarquia teve de suportar de forma indevida, por omissão da lei', aquando da criação do município da Trofa, pelo facto de ter ficado com um quadro de pessoal sobredimensionado».
Não entrando em minudências jurídicas de natureza processual, pergunto-me porque há-de o "Estado", isto é, o contribuinte, suportar a alegada irresponsabilidade dos deputados que aprovaram a criação daquele e de outros concelhos? Não deveria haver aqui direito de regresso?
Hamas
Muitos comentadores têm salientado o lado positivo da vitória do Hamas nas eleições palestinianas, argumentando que é preferível ter o Hamas do lado da política do que do lado da guerrilha. O Hamas, no poder, seria obrigado a moderar-se.
Talvez. Até lá, recomenda-se a leitura do Hamas Covenant.
Extractos selecionados:
Como pode Israel negociar com quem pensa, escreve e pratica o que se escreve acima? Talvez esteja na altura de chamar o Dr. Mário Soares, recentemente liberto de outras obrigações, para iniciar as conversações."Israel will exist and will continue to exist until Islam will obliterate it, just as it obliterated others before it."
"The Islamic Resistance Movement believes that the land of Palestine is an Islamic Waqf consecrated for future Moslem generations until Judgement Day. It, or any part of it, should not be squandered: it, or any part of it, should not be given up."
"The Movement is but one squadron that should be supported by more and more squadrons from this vast Arab and Islamic world, until the enemy is vanquished and Allah's victory is realised."
"The Islamic Resistance Movement aspires to the realisation of Allah's promise, no matter how long that should take. The Prophet, Allah bless him and grant him salvation, has said: 'The Day of Judgement will not come about until Moslems fight the Jews (killing the Jews), when the Jew will hide behind stones and trees.'"
"Initiatives, and so-called peaceful solutions and international conferences, are in contradiction to the principles of the Islamic Resistance Movement. Abusing any part of Palestine is abuse directed against part of religion. Nationalism of the Islamic Resistance Movement is part of its religion."
"There is no solution for the Palestinian question except through Jihad. Initiatives, proposals and international conferences are all a waste of time and vain endeavors."
"After Palestine, the Zionists aspire to expand from the Nile to the Euphrates. When they will have digested the region they overtook, they will aspire to further expansion, and so on. Their plan is embodied in the "Protocols of the Elders of Zion", and their present conduct is the best proof of what we are saying."
"The day the Palestine Liberation Organization adopts Islam as its way of life, we will become its soldiers, and fuel for its fire that will burn the enemies."
"Under the wing of Islam, it is possible for the followers of the three religions - Islam, Christianity and Judaism - to coexist in peace and quiet with each other. Peace and quiet would not be possible except under the wing of Islam. Past and present history are the best witness to that."
O Estado Filantropo ou a Síndrome de Estocolmo
Em Portugal, a ?sociedade civil? é um produto do Estado que a emprega e a subsidia e lhe garante o essencial. O país, na sua generalidade, ?sociedade civil? incluída, remedeia-se à custa do Estado. Ao contrário do que os liberais apregoam, o Estado, entre nós, não está na origem dos problemas: é chamado à resolução dos mesmos, com natural espalhafato.
Creio que há nesta tese uma inconsistência qualquer. A não ser que o estado tenha uma mina de ouro, que pelos vistos não tem, não se percebe onde é que vai buscar os recursos para apoiar a sociedade civil. Será que o vai buscar à Sociedade Civil via impostos? E os impostos não são um fardo para a sociedade civil? E o desperdício e as injustiças que essas transferências arbitrárias criam não destroem ainda mais qualquer hipótese de uma Sociedade Civil autónoma? Afinal, se a despesa pública é considerada uma ajuda à Sociedade Civil, então, pela mesma razão, os impostos têm que ser considerados um custo imposto pelo estado à sociedade civil. No fundo, estamos a falar de uma conta de subtrair. Se o estado cobra 50% da riqueza nacional à sociedade civil, distribuindo, num cenário optimista, 30% (ficando com 20% para despesas "burocráticas"), então é só fazer as contas:
30%-50%=-20%
O saldo é negativo. A Sociedade Civil sai a perder. A ajudas deste tipo dispensam-se. Podemos parar de fingir que o estado ajuda a Sociedade Civil com uma fracção do dinheiro que lhe consegue sacar.
25.1.06
Alemanha quer penalizar deslocalização de empresas dos países ricos para Portugal
O melhor é fechar outra vez as fronteiras.
A riqueza da Europa também foi produzida por crianças
Colheita da batata, Dorset, Inglaterra, década de 1950.
Uma cena semelhante poderia ter sido fotografada no Minho na década de 1980.
Nota: A escolha das famílias dos países em desenvolvimento nunca é entre colocar os filhos na escola ou colocá-los a trabalhar, mas entre colocá-los a trabalhar numa fábrica (onde normalmente ganham mais) ou na agricultura (onde normalmente ganham menos). Aqueles que desejam um mundo em que os países em desenvolvimento não têm trabalho infantil querem uma utopia pela qual nenhum país europeu passou.
ANALOGIAS CANADIANAS
Quem será o protagonista da similitude nacional?
(Quanto às eleições no Canadá subscrevo aquilo que o AAA escreveu n' O Insurgente)
Momentos de Glória
1. Notícia na TF1. (tem um link para o noticiário da TF1 - Pour aller plus loin- e também vale a pena ler os comentários).
2. No Le Figaro: "JOSÉ MANUEL BARROSO a fait preuve hier d'une remarquable pugnacité pour défendre, dans l'hémicycle de l'Assemblée, «l'Europe des projets», «une Europe qui gagne». En présence de plusieurs ministres français et du seul commissaire français à Bruxelles, Jacques Barrot, le président de la Commission européenne s'est exprimé dans un français remarquable, et n'a pas hésité à moucher les présidents des groupes de gauche, Alain Bocquet (PCF) et Jean-Marc Ayrault (PS)."
Comentário Final: "A l'issue de la séance, Jean-Louis Debré semblait conquis : «On n'a jamais autant et aussi bien parlé de l'Europe. Le dialogue a été direct, vif, incisif. Certains attendaient un technocrate, ils ont eu un vrai politique. Il les a cloués !»"
Bravo, Mr Barroso!
Mas em Portugal, escrevem-se coisas destas: "Os deputados da Assembleia Nacional francesa (AN) criticaram, ontem, a visão liberal que Durão Barroso conduz para a Europa e exigiram respostas, convidando-o a assumir as responsabilidades."
Nem o Le Monde foi tão enviesado na história...
Café Blasfémias: Democracia versus Concorrência
Uma das linhas de argumentação seguidas contra o liberalismo foi tentar mostrar que, em termos de liberdade interna, uma empresa e o estado são semelhantes, pelo que as empresas não podem ser consideradas instituições liberais. Segundo esta linha de argumentação, o funcionário de uma empresa não é proprietário do seu posto de trabalho e é obrigado a obedecer a ordens dos seus superiores não podendo recusar-se a fazer determinadas tarefas.
Claro que esta linha de argumentação esbarra numa diferença fundamental entre um estado e uma empresa: o estado detém um monopólio legal sobre um vasto território enquanto que as empresas estão sujeitas a concorrência real ou potencial dentro desse mesmo território. Enquanto o estado, dentro de um determinado teritório, só pode ser limitado pelos processos democráticos, as empresas são limitadas pela concorrência.
Argumentou-se que os processos democráticos são tão limitadores do poder do estado como a concorrência é limitadora do poder das empresas. Mas obviamente isso não é verdade. Imagine-se dois países em tudo idênticos, excepto na forma como está organizado o mercado de telefones móveis. No primeiro país, existem 3 companhias de telefones em concorrência. Qualquer grupo que consiga resolver problemas técnicos de limitação do espectro pode criar uma quarta rede, desde que não interfira com as já existentes. Os utilizadores têm o direito de mudar de companhia a todo o momento, a não ser que se tenha comprometido por contrato a não o fazer. Nenhuma empresa tem um monopólio legal do que quer que seja e todas as relações são contratuais. No segundo país, só existe uma empresa que tem o monopólio legal sobre a actividade. Ninguém pode fazer uma empresa ao lado. Os utilizadores não podem escolher entre empresas, mas podem votar de 4 em 4 anos na administração da empresa. Em qual destes países o utilizador médio conseguirá uma melhor relação qualidade/preço?
Algumas diferenças entre os dois sistemas:
Sistema concorrêncial:
- cada um escolhe aquilo que lhe diz respeito, elevada probabilidade de as preferências individuais serem respeitadas;
- as escolhas são feitas todos os dias;
- concorrência potencial pode influenciar os preços.
- sistema descentralizado, risco reduzido
- mecanismos de feedback rápido, tempo de correcção de erros baixo.
Sistema democrático:
- a maioria escolhe por todos, baixa probabilidade de as preferências individuais serem respeitadas;
- as escolhas só podem ser feitas de 4 em 4 anos;
- não existe concorrência potencial;
- sistema centralizado, risco elevado;
- mecanismos de feedback lento, erros demoram pelo menos 4 anos a ser corrigidos.
AVEIRO
Ou me engano muito ou Aveiro está a ficar cada vez mais bonita. E mais Blasfema.
«Café Blasfémias», ontem, em Aveiro
Mas as mais de 50 pessoas que estiveram na Cafetaria-Bar (recomenda-se) do renovado Teatro Aveirense, muito livremente, levaram a conversa e debate para outras áreas, com igual «sumo»: «o que é isso do liberalismo», «Estado versus cidadão», «a segurança social», «que funções deve ter o Estado», «a mão invisível», «liberalismo, liberalidade e relativismo», «sistema de ensino» e mais uma mão cheia de temas que levaram o debate a patameres plenos de interesse e de viva e franca participação.
Com participantes de tão boa qualidade, incentivadores e provocadores, dá vontade de tomar muitos outros «Cafés» em Aveiro..... e noutros palcos.
"Convivência urbana" e "arrendamento de serviços"
Apesar de tudo, já agora, também não ficaria mal de todo pensar-se numa Autoridade/Entidade Reguladora do sector....
(N)..OTÁRIOS?
Aparentemente, envolveram-se numa aventura chamada (peseudo)liberalização, em que existem restrições à livre iniciativa económica (desde logo, na vertente "liberdade de acesso" e na liberdade de conformação da sua actividade pelos preços...que continuam fixos e tabelados).
Aparentemente, envolveram-se e investiram de acordo com o simulacro de liiberalização/privatização, pressupondo que quem os convidava iria manter uma série de obrigações burocráticas, economicamente ineficientes (de resto, bem vistas as coisas, injustificáveis!)
Descobriram, agora, numa perspectiva corporativa, que o Estado não será propriamente uma pessoa confiável! De facto, não é......ainda que tenha toda a razão!
24.1.06
Recriminações ao eleitorado
E Mário Soares? Para as grandes personagens, as ocasionais derrotas, mesmo as mais pesadas, são uma simples nota de rodapé numa grande biografia. A sua determinação quase quixotesca nesta derradeira luta política só pode impressionar, acrescentando mesmo uma aura de injustiça e ingratidão histórica face ao seu sacrifício pessoal. E se porventura Cavaco Silva confirmar a sua vocação de ingerência na área governativa, e Alegre não resistir a explorar dentro do PS a sua posição eleitoral, ainda veremos Soares a proclamar, com razão: eu não dizia?
Eu diria que:
- Um apego excessivo ao poder representa muitas vezes uma enorme mancha no curriculum das grandes personagens. Helmut Kohl constitui, a esse título, um dos exemplos mais flagrantes.
- Uma determinação quixotesca é mais risível e caricata do que impressionante.
- Os eleitores não votam por razões de gratidão ou de justiça por actos passados ou sacrifícios pessoais (só é penitente quem quer), mas (e muito bem) em função de expectativas futuras. Se assim não fosse, Churchill teria sido 1º ministro vitalício.
- É muito provável que Cavaco se venha a revelar um Presidente interventivo. So what? Estará a corresponder às expectativas dos 86% de eleitores que votaram em candidatos com perfil intervencionista.
You heard it here first! - III: Anti-dumping social e ambiental?
"(...)Da mesma forma que a UE impõe normas de qualidade e segurança aos produtos cuja comercialização é permitida dentro das fronteiras da UE, deverá passar a impor normas sociais, ambientais e energéticas, semelhantes às a que estão obrigados os produtores da UE.Apenas dessa forma será possível garantir a concorrência efectiva e livre (ao menos no que respeita a estes factores de produção) entre os produtores da EU e os exteriores".
Questão: Será legítimo, numa perspectiva (tendencialmente) liberal, imporem-se restrições deste género?
Pela reorganização do espectro político português
PEC - Partido do Extremo Centro resultante da fusão dos socratianos, dos mendistas, dos soaristas e dos marcelistas com o alto patrocínio de Cavaco Silva.
PDPNL - Partido da Direita Populista às segundas, quartas e sextas, Nacionalista às terças quintas e sábados e Liberal ao Domingo também conhecido por Partido Do Portas Não te Livras resultante da fusão dos santanistas, dos menesistas ,dos portistas e de alguns vestígios do PND.
Assim as coisas ficam melhor organizadas com as pessoas com afinidades entre si no mesmo partido.
Boomerang
Aquilo que começou por ser uma forma de atingir os Estados Unidos ou acaba abafado ou acaba por atingir os governos e os serviços secretos europeus.
Utopia de Robin dos Bosques
Café Blasfémias: em Aveiro
O tema será «O Debate Liberal e a Blogosfera», e terá lugar no dia 24 de Janeiro, pelas 21.30 Horas, no Café Bar do Teatro Aveirense.
(ver localização aqui)
Estão todos convidados, não é preciso inscrição, apareçam e participem.
À Espera de um Milagre
«O Gabinete da Bolívia, formado por intelectuais de esquerda, mulheres, mineradores, camponeses, sindicalistas e indígenas, enfrenta grandes desafios, como conseguir que o país abandone o primeiro lugar na lista dos mais pobres da América do Sul.»
You heard it here first! - II: VEIO PARA FICAR?
A Renault lançou em 2005, no mercado francês, o seu novo Dacia Renault Logan.
A comercialização deste automóvel, em França, foi algo inesperada, na medida em que - salvo erro - ainda em 2004, ou seja, cerca de um ano antes, o Presidente da marca francesa tinha declarado que dificilmente tal veículo teria interesse para os mercados da Europa ocidental. Na verdade, o Logan resulta de uma pareceria (muito frutuosa) estabelecida entre o construtor francês e a Dacia - uma fábrica de automóveis romena que, desde há décadas, produz e comercializa, sob licença da Renault e para o respectivo mercado nacional, automóveis.
Ora, o grande argumento comercial do Logan reside no seu preço: a partir de 7.500 Euros é possível comprar um, "novinho em folha". Claro está que o dito automóvel nada tem de inovador já que aproveita a mecânica do tradicional Megane e, além disso, prescinde de tudo o que seja acessório corrente (nem vidros eléctricos tem!). Ah! - importa não esquecer o pormenor - é todo produzido nas fábricas romenas da Dacia, onde o salário médio é de 200 Euros/mês.
Mas, o que é que precipitou a comercialização (com muito sucesso, diga-se!) deste novo Dacia Renault?
Um argumento de peso e de preço!
Soube-se que a Geely - construtor chinês de automóveis - prepara-se para comercializar os seus veículos na Europa. Sucede que os futuros carros chineses, da classe do Logan (utilitários/familiares) poderão ser comercializados a um preço-base de 3.000 Euros, sendo que, já hoje em dia, em certos mercados, é possível, pelo preço do Logan (cerca de 7.500 Euros, ou um pouco mais), adquirir-se um "todo-o-terreno" chinês, de topo de gama!
Claro que, por enquanto, tais veículos chineses têm muitas deficiências, sobretudo, ao nível da segurança passiva....mas, há aqui algo, nesta guerra comercial, que nos faz recordar, de algum modo, a entrada, nos mercados europeus, das marcas japonesas, nos anos de 1970. Também eram carros sem grande imagem, nem "estatuto" de mercado, não seriam bonitos e, provavelmente, se as exigências de segurança fossem as que se requerem hoje em dia (e bem!), talvez tivessem, inicialmente, sido considerados automóveis não muito seguro....Porém, parafraseando o slogan publicitário de uma afamada marca japonesa, nesses idos anos de 1970, "vieram para ficar"!
Como será com os Chineses?
Nos automóveis e em todos os produtos de grande consumo? Com a adesão à OMC, será que a China, definitivamente, também "veio para ficar"?
AGORA TAMBÉM ESTOU AQUI
A partir de agora, para além das Blasfémias, alguns dos meus vitupérios também poderão aí ser encontrados em animada contenda com aquela heterodoxa equipa de comentadores.
Notas Finais
2. Já se sabe, nem todos os candidatos têm muito jeito para contas. Imagino as perguntas, esta manhã: "Ó Maria... telefona aí ao Coelho e pergunta-lhe se ainda vai dar para apanhar o Alegre...", ou "E esta gente lutadora, terá na ponta das suas canetas o alento que amplificará a voz num grito de gargantas que clamam pela segunda volta?"
3. No último dia de campanha, Jerónimo de Sousa falava nos "neo-liberais que aplaudem a política de aumentos de impostos de Sócrates". Que confusão. Se aqueles a quem Jerónimo chama ignorantemente neo-liberais são simplesmente liberais, ninguém mais do que eles está contra o aumento de impostos. E a confusão de Jerónimo é ainda maior porque quem quer aumento de impostos é quem pede mais despesa pública e mais intervenção do estado e nesse grupo inclui-se sempre o partido do Jerónimo.
4. Enquanto a campanha nos distraía, a despesa pública do sub-sector estado continuava a crescer a ritmos insustentáveis, no primeiro ano de contenção socialista.
E ainda faltam as autarquias. E a OTA e o TGV. Continuem assim. O abismo é já ali à frente.
Presidencialismos
"...investimentos como os da OTA e do TGV, mesmo não existindo restrições orçamentais, só devem ser realizados se a totalidade dos benefícios sociais, ao longo de toda a vida dos projectos, for maior do que os respectivos custos sociais."
Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República eleito.
1. Existem restrições orçamentais.
2. Os custos sociais são incomparavelmente maiores que os benefícios.
E agora, o quê?
Casuísmos
OGoverno vai reforçar o apoio ao microcrédito com incentivos fiscais, para os promotores de pequenos projectos, mas também através da facilitação de meios técnicos e logísticos. O compromisso foi ontem assumido pelos ministros das Finanças e do Trabalho e Solidariedade Social, na conferência de encerramento do ano internacional do microcrédito, que ontem decorreu no Fórum Tecnológico, em Lisboa, e onde se assinalou o êxito da meta, traçada oito anos antes, de levar o microcrédito a 100 milhões de pobres em todo o mundo.
Casuísmo? Não faz mal. Para o ano já não será ano internacional do microcrédido e já se poderá taxar o microcrédito para subsidiar outra coisa qualquer. A Heliofísica, por exemplo. Para o ano é o Ano Internacioanal da Heliofísica. Para o ano, o governo prometerá reforçar os apoios à Heliofísica, que também merece. Os heliofísicos também têm direito a incentivos ficais e `a facilitação de meios técnicos e logísticos. Pelo menos para o ano. Acho mesmo que o estado tem feito questão de dificultar os meios técnicos e logísticos todos os outros anos para que os heliofísicos para o ano notem a diferença. Este ano vou pedir um micro-crédito para estudar heliofísica de modo a estar em condições de receber os subsídios do próximo ano.
You heard it here first!
23.1.06
Um problema de transparência entre governo e governados
Classificação Final do Blasfem and Win
A pedido de várias famílias (em número superior a 2 e inferior a 4), lista-se a classificação completa do grande concurso Blasfem and Win Presidenciais 2006. Há algumas alterações em relação à anterior classificação. Agora já estão todas as freguesias e a emigração e eliminaram-se alguns duplicados.
Qualquer queixa em relação aos resultados deve ser feita directamente para o site da empresa (link não disponível) ou para os escritórios centrais em Torba, Vanuatu, para um Apartado cujo número não me recordo agora.~
Obrigado a todos os participantes.
1. libertas d= 2,17
2. Fidel d= 4,12
3. Edmundo d= 4,26
4. RTP/Antena 1/Católica Boca de Urna d= 4,30
5. TVI/Intercampus Boca de Urna d= 4,36
6. Fernando Sá d= 4,43
7. Raul Picasinos d= 4,54
8. Ze Tone d= 4,57
9. SIC/Eurosondagem Boca de Urna d= 4,57
10. pre cog d= 4,60
11. LordDogs d= 5,03
12. Salvador d= 5,17
13. vic d= 5,23
14. Antonio Moreira d= 5,28
15. RAF d= 5,40
16. Joseph Little People d= 5,66
17. Rui Castro d= 5,73
18. PRB d= 5,83
19. Pedro Oliveira d= 5,83
20. Arsénio d= 5,86
21. fvaz d= 5,96
22. xatoo d= 6,22
23. vocifer d= 6,27
24. Católica/RDP/RTP/Público Última Sondagem d= 6,57
25. rodrigo d= 6,57
26. LA-C d= 6,66
27. Aximage/Correio da Manhã Última Sondagem d= 6,77
28. josé mexia d= 6,77
29. Leonel Vicente d= 6,83
30. pedro d= 6,93
31. Dr. Merkwurdigliebe d= 6,94
32. CL d= 7,03
33. Doutor Zeca d= 7,03
34. fred33 d= 7,12
35. Marktest/DN/TSF Última Sondagem d= 7,26
36. José Miguel Gama d= 7,43
37. Sondagem Blasfémias d= 7,53
38. nomar d= 7,57
39. el_Sniper d= 7,66
40. rf d= 7,75
41. plus d= 7,77
42. Vasco Gabriel d= 7,78
43. D. Sebastião d= 7,83
44. msn d= 7,97
45. Bento Barbosa d= 7,99
46. phil d= 8,07
47. João Vasco d= 8,17
48. maio d= 8,43
49. kapa d= 8,43
50. JJ d= 8,57
51. Serafim d= 8,70
52. luis manuel dias d= 8,75
53. João Cúcio d= 8,77
54. Daniel Rodrigues d= 8,84
55. Renato Morais d= 8,87
56. Pés de Chumbo d= 8,97
57. AMI d= 8,97
58. Honni soit qui mal y pense d= 9,08
69. mentat d= 9,10
60. pedroromano d= 9,23
61. FV d= 9,26
62. contradito d= 9,26
63. AAA d= 9,30
64. f_miranda d= 9,52
65. José Filipe Amado Nunes Vicent d= 9,66
66. Vasco Portugal d= 9,70
67. hevel d= 9,74
68. o bes sabe d= 9,82
69. jcd d= 9,84
70. Intercampus/TVI Última Sondagem d= 9,94
71. mhm d= 9,97
72. taganho d= 10,00
73. Bruno Gonçalves d= 10,17
74. Isabel M. d= 10,22
75. CAA d= 10,26
76. Gabriel Silva d= 10,43
77. N d= 10,57
78. Filipe Covas d= 10,70
79. cmonteiro d= 10,82
80. Tonibler d= 10,83
81. Miss Pearls d= 10,85
82. Pedro Morgado d= 11,05
83. NG d= 11,26
84. parca d= 11,30
85. Daniel Ferreira Polónia d= 11,31
86. AMN d= 11,37
87. Filipe Oliveira d= 11,40
88. rmgv d= 11,43
89. Manuel Pinheiro d= 11,53
90. Aposta da Joana no Semiramis d= 11,57
91. Expresso/RR/SIC Eurondagem Última Sondagem d= 11,77
92. homemDASneves d= 11,80
93. David Oliveira d= 12,09
94. FA d= 12,26
95. Filipe Nunes Vicente d= 12,26
96. cordobes d= 12,28
97. JAP d= 12,44 99
98. Filipe d= 12,77
99. Sir Francis Drake d= 13,05
100. lourenço d= 13,36
101. Helder Brito d= 13,44
102. player 2006 d= 13,57
103. tina d= 13,66
104. Cirilo Marinho d= 13,86
105. Pedro Santos Cardoso d= 14,06
106. Blitzkrieg d= 14,26
107. JAJ d= 14,57
108. anti-comuna d= 15,17
109. Rodrigo d= 15,17
110. João Alves d= 15,20
111. fulana_de_tal d= 15,66
112. nra no Aspirina B d= 16,03
113. ricardo jorge d= 16,70
114. liberalman d= 16,86
115. GM d= 16,86
116. Àtila o Huno d= 17,26
117. arrebenta d= 17,66
118. jose barros d= 17,86
119. Mcarvalho d= 19,14
120. antonio d= 19,57
121. JN / Pitagórica Última Sondagem d= 19,67
122. António P d= 21,03
123. Patrick Blease d= 21,57
124. JCV d= 23,66
125. Socialista impossível d= 23,97
126. joão delgado d= 25,06
127. jagoz_ze d= 28,74
128. cris d= 34,46
129. Sondagem Insurgente d= 38,86
130. Souza d= 44,64
131. Mário d= 89,86