A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) vai apresentar uma queixa-crime contra a Portugal Telecom.
E porquê? Porque a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários se sente (se é que uma instituição sente) incomodada por a Portugal Telecom a ter acusado de parcialidade no caso da OPA. A Portugal Telecom terá cometido o crime de ofensa agravada a pessoa colectiva (o que quer que isso seja). Ao que parece a CMVM considera grave que se esteja a colocar em causa a isenção de uma entidade, ela própria, que tem de estar acima de quaisquer suspeitas.
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Pelos vistos a CMVM entende que fica acima de quaisquer suspeitas se tentar suprimir, pela via judicial, quaisquer críticas que lhe façam. Se as críticas colocam em causa a isenção da CMVM então devemos concluir que a CMVM se considera pouco segura da sua (imagem de) isenção. Provavelmente com razão.
Se a CMVM entende que tem de estar acima de quaisquer suspeitas deve começar por deixar de perseguir judicialmente quem a critica. Caso contrário dá a ideia que a sua imagem de isenção de deve exclusivamente à supressão das críticas por ameaça judicial.