25.3.05

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Ao contrário do que diz o primeiro-ministro e a imprensa em geral, a revisão do PEC é uma péssima notícia para os portugueses.
O Estado conseguiu uma folga de mais uns anos para continuar a práticar políticas despesistas, manter estruturas inúteis e criadoras de desemprego, obtendo um forte incentivo para não aplicar reformas imediatas no aparelho do Estado. As consequências de tal adiamento serão, infelizmente, pagas por todos nós.
Uma outra péssima notícia foi o adiamento, pelo menos até depois do referendo europeu francês, da directiva que pretendia iniciar o processo de liberalização da prestação de serviços no espaço comunitário.
Em nome da protecção dos previlégios de alguns, mediante a dogmatização do chamado «modelo social europeu» (chavão utilizado em momentos chave pelos conservadores para manter o status quo de certos grupos de interesse), foi adiada uma medida extremamente positiva para os consumidores, para a implementação de uma verdadeira política de concorrência, de desmantelamento dos mercados protegidos, de combate á ineficência, de racionalidade económica e de criação de emprego.
Hoje em dia, Jacques Chirac, (esse «homem de esquerda» como lhe chamou o «The Economist»,) é verdadeiramente o rosto e o porta voz de todas as forças retrógadas, conservadores, estatistas, nacionalistas e chauvinistas.