Caro Bruno:
1. Bush não é liberal, não segue políticas liberais, já foi criticado várias vezes no Blasfémias por causa dos défices e dos seus desvios socialistas (exemplos: 1, 2 ). Não há nenhuma racha na muralha porque não há muralha. O liberalismo não tem comité central, não obedece a nenhuma forma de centralismo democrático nem tem ídolos.
2. O proteccionismo agrícola prejudica tanto as economias dos Estados Unidos e da Europa como as economias dos países do terceiro mundo. Os consumidores europeus e americanos pagam mais pelos produtos agrícolas e ainda têm que pagar os subsídios aos agricultores via impostos. Os agricultores do terceiro mundo ganham menos. Mas se o Bruno acredita mesmo que o proteccionismo agrícola é bom, então terá que defender a sua aplicação a todos os países, a todos os distritos e a todos os concelhos. Uma ideia tão boa deve ser amplamente aplicada.
4. Sugiro que o Bruno faça uma experiência lá em casa. Deixe de comprar produtos agrícolas fora de casa e tente viver apenas da sua horta. Estou certo que dessa forma conseguirá fortalecer a sua economia doméstica. Ou se calhar não. Se calhar começará a perceber as vantagens da especialização económica e da divisão do trabalho.
5. Quanto à Somália, já percebi que o Bruno é um empirista que confunde correlação com causalidade. O Bruno é o tipo de pessoa que, depois de constatar que os hospitais estão cheios de doentes conclui que os hospitais são a principal causa das doenças.