Quando se pensou em ampliar a Portela, alguns responsáveis comentaram que seria necessário uma 2ª pista e que isso era inviável, pois os custos seriam muito elevados, não se justificando tal medida. Contudo, este argumento é uma falsa questão uma vez que, com uma só pista, poder-se-á atingir uma capacidade de cerca de 30 milhões de passageiros por ano, em vez dos 9 milhões actuais. Como exemplo, pode citar-se o de Gatwick, em Londres, com área semelhante à Portela, que movimenta 30 milhões por ano, com pista única, ou mesmo o antigo aeroporto de Hong Kong, com o mesmo número e com metade da área do da Portela. Comparando com o caso de Pedras Rubras que, após obras de 40 milhões de contos investidos, fica apto a processar 25 milhões de passageiros, como é que a Portela, com o dobro da área, esgota a sua capacidade aos 14 milhões? [Rui Filipe Rodrigues, Aeroporto na Ota, Um Vôo sem sentido, Abril/2001]
3.8.05
12 milhões ou 30 milhões?
Muito se tem escrito sobre a saturação da Portela. Tem-se generalizadamente partido do princípio que a saturação ocorrerá nos 12 a 14 milhões de passageiros/ano. Os Estudos dados a conhecer [os EPIA, estudos preliminares de impacto ambiental] não consideraram, à revelia da posição de várias ONG ambientalistas e de directivas comunitárias (indevidamente) não transpostas, a alternativa Portela, limitando-se a comparar as opções OTA/Rio Frio. Sobre o assunto, pondo em causa aquele ponto de partida, vale a pena ler este texto, já com quatro anos, mas ainda actual em muitos pontos. Transcrevo só dois parágrafos: