É outra forma de discriminação positiva e representa uma indiscutível vitória da "esquerda anacleta".
Em todos os partidos, da esquerda à direita e com pequenas graduações, é visível e risível a preocupação beata em manter uma supostamente rigorosa mas muito artificial representatividade de grupos sociais, etários, sexuais, profissionais, etc.
É assim que, a grande maioria dos candidatos integrando as listas partidárias a eleições de qualquer tipo, não figuram lá pela sua valia intrínseca, mas por se enquadrarem na quota das mulheres, dos jovens, dos sindicalistas, dos autarcas, dos operários, dos empresários, dos agricultores, dos GLBTs, dos deficientes, dos desportistas e por aí fora. Algumas destas "classes", já constituem grupos de pressão organizados dentro dos partidos, designadamente, as mulheres, jovens, autarcas e sindicalistas, sempre os mais ruidosos. Curiosamente, dos velhos ninguém fala, por sinal a faixa etária que mais cresce.
Eu não sei se com tais critérios as listas de candidatos espelharão efectivamente a diversidade social e uma verdadeira representação da sociedade. Mas não tenho dúvidas que, desta forma, os eleitores nunca terão possibilidade de escolher os melhores e mais competentes.