18.8.05

Mais uma lei inútil

Conselho de Ministros debate orçamentos para prestação de serviços


Os prestadores de serviços, sempre que não consigam determinar o valor exacto do trabalho a executar, terão de fazer orçamentos e entregá-los ao contratante desses serviços, quando eles forem de valor igual ou superior a 100 euros.

Os orçamentos não deverão ter custos para a entidade contratante.


Comentários:

1. A lei só terá efeitos se o contratante pedir um orçamento, mas isso ele já podia fazer sem esta lei.

2. Claro que os orçamentos têm custos, pelo simples facto de que dão trabalho a fazer. O custo do orçamento será incluido, de uma forma ou de outra, no preço do serviço.

3. Em algumas actividades, na reparação de automóveis, por exemplo, o custo do serviço só pode ser determinado depois de ele estar feito porque a parte mais difícil e mais cara do trabalho é o diagnóstico do problema.

4. Em última análise, a instituição do costume de pedir orçamentos dependerá da oferta e da procura. Os orçamentos são mais um serviço que tem um preço que depende da oferta e da procura. Os prestadores de serviços suficientemente sofisticados para fazer orçamentos serão mais caros.

5. Tentativas de substituir a Mão Invisível pela Mão Morta do Governo estão condenadas ao fracasso.