20.8.05
Uma proposta irrecusável....
A declaração do jogador Miguel e toda a encenação que a acompanhou, ficará para a história das relações laborais portuguesas.
Á entidade patronal (Benfica SAD), não lhe chegava assegurar legitimamente os seus interesses e direitos. Foi-lhe absolutamente necessário humilhar, forçar e coagir um seu trabalhador da forma pública que se viu. O trabalhador, naturalmente por falta de alternativa, e de forma a assegurar os seus interesses, aceitou, ao melhor estilo corleano. Mas a farsa, a ninguém enganou. E todos os intervenientes deveriam figurar na fotografia de tão ignóbil acto: Luis Filipe Vieira, Dias Ferreira, advogado do jogador, Paulo Barbosa, agente do jogador e o presidente do sindicato da classe. Todos eles foram partes activas num acto inédito de humilhação humana, absolutamente desnecessário e totalmente estúpido, como muito bem fez ver a posterior declaração de Miguel ao melhor estilo da célebre «e no entanto, move-se».