Segundo a imprensa, vão ser implementadas novas regras de avaliação das Universidades e Institutos Politécnicos.
Trata-se de um passo no sentido (indirecto) da "internacionalização" da Universidade portuguesa. Será salutar.
Não sei bem é se os termos da notícia em link, serão totalmente rigorosos.
Em "caxa" fala-se em "Universidades e politécnicos avaliados pela capacidade de preparar alunos para o mercado de trabalho".
Em conclusão, diz-se que "A OCDE deverá «avaliar os mecanismos de financiamento, o grau de eficiência com que os recursos são utilizados, o papel da investigação científica e as práticas de emprego científico, nomeadamente para jovens investigadores e docentes»".
Ora, não será bem a mesma coisa falar-se de "emprego científico, nomeadamente para jovens investigadores e docentes" ou de "mercado de trabalho", tout court, para (todos)os alunos.
É claro que a Universidade (talvez menos o Politécnico) não terá que ser, imediata e directamente (nem talvez o deva ser!), uma instituição de formação profissional.
Servirá, sobretudo, para dotar os alunos de "quadros mentais" e de competências eminentemente científicas que, depois, numa sociedade minimamente desenvolvida e profissionalmente especializada, serão desenvolvidos e aplicados na aprendizagem de uma profissão concreta. Torna-se evidente que o ensino deverá ser, tanto quanto possível, adequado á realidade, ao mundo actual e às necessidades (de conhecimento) da sociedade em que se insere. Mas isso, por si só, não garante empregos, muito menos aptidões profisionais definitivas e completas!
Estes dependerão muito mais da situação económica do país e da organização institucional de formação profissional que exista (entre nós, existe pouco, é certo)!