1. Portugal não precisa de um ou vários partidos liberais; Portugal precisa de muitos liberais nos partidos.
2. Portugal não precisa de «Movimentos» liberais; Portugal precisa de liberais em movimento.
3. Portugal não precisa de um «directório» liberal politicamente planificador; Portugal precisa de liberais que saibam a quem e como se devem dirigir.
4. Portugal não precisa de uma «doutrina liberal» que pense o seu futuro; Portugal precisa de liberais bem preparados e que saibam pensar sobre o presente.
5. Portugal não precisa de uma «elite liberal» que o dirija; Portugal precisa que os portugueses dirijam o Estado para o seu devido lugar.
6. Os portugueses não compreenderão que não haja alguém capaz de lhes explicar as causas e as razões da profunda depressão em que estão mergulhados; se os liberais não tiverem essa capacidade, também não servirão para coisa nenhuma.
7. Os liberais precisam de aprofundar um liberalismo genuinamente português, para que fique à disposição de quem se queira servir dele.
8. Os liberais não voltarão a ter, tão cedo, uma oportunidade de sucesso igual à que têm hoje; a última parecida terá sido em 1834. De então até hoje, já lá vão quase duzentos anos. Não é muito tempo, mas custa a passar.
