22.6.06

Bola de Gelsenkirchen

Vi o jogo numa sala bem apinhada, em ecrã gigante. Cantaram-se os dois hinos. Primeiro o "Heróis do Mar...", depois o "La Cucaracha...".

Com o Maomé remetido para a sua real insignificância, o jogo entre México e Portugal era somente um braço de forças entre virgens. Portugal tinha duas do seu lado, as de Fátima e de Caravaggio e o México só tinha a de Guadalupe. Por isso ganhámos 2-1. E a virgem deles até nos ajudou, com uma mão divina.

Na primeira parte jogámos 10 contra 12, porque é óbvio para quem viu o jogo que o Postiga nasceu em Guadalajara. Depois entrou Nuno Gomes e foi expulso um mexicano. Ficou 10 contra 10. ###

Nuno Gomes provou que é muito melhor que Postiga. Tocou 3 vezes na bola. Na primeira despenteou-se, na segunda acertou a meias na bola e na perna dum mexicano e na terceira quase que marcava golo de ressalto. O Postiga atrapalhava os portugueses, o Nuno atrapalhou os mexicanos. Boa-Morte, que apenas se atrapalhou a si próprio, também teve ontem a possibilidade de se despedir deste mundial.

Até agora, ganhamos tudo. Nada de especial, pensarão certamente os meus co-blogueres portistas e o Sousa Tavares. Para eles, tudo o que seja menos de 10 a Angola, 16 ao Irão, 9 ao México e meia-dúzia aos holandeses só demonstra a enorme incompetência de Scolari.

Fica uma dúvida, por esclarecer. Será que os portugueses jogam alguma coisa ou o nosso grupo era mesmo o pior do mundial? O julgamento é em Nuremberga, no Domingo. Vou estar em Angra do Heroísmo, espero que haja por lá algum ecrã gigante.