Após passar semanas calado, sem sequer apelar ao fim da insurrecção e da violência, sem reunir os orgãos do Estado, sem se demarcar dos rebeldes, após ter conseguido reforçar os poderes do seu homem-de-mão no seio do Governo, após ter obtido o apoio dos meios de informação, após uma intensa campanha mediática que contou com os apoios do governo português e australiano, (e, coitados, até, do instrumentalizado parlamento europeu) e da hierarquia da Igreja local, eis que finalmente Xanana Gusmão encontrou as condições ideais para concretizar o seu golpe de estado e vingança pessoal. Até o «agarrem-me se não vou-me embora» usou.
Vai dar-se mal.
Vai dar-se mal.