24.6.06

«Democracia social»

A senhora professora Júlia Azevedo, dirigente de um tal Sindicato «Independente» de Professores e Educadores, afirma ao Público que está a ponderar recorrer aos «tribunais internacionais» se o Ministério da Educação concretizar uma redução de 450 para 300 o número de professores pagos integralmente com o dinheiro dos contribuintes, não para darem aulas, mas para exercerem funções de sindicalistas.

Bom, por mim, estaria disposto a igualmente processar o ME por utilização danosa dos dinheiros públicos ao pagar o vencimento a UMA pessoa só que fosse (quanto mais 300!!), não para o exercício da função para que foram contratados (dar aulas), mas para exercerem uma actividade privada, numa associação privada, defendendo os seus próprios interesses.
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação vem em reforço desta posição afirmando que tal redução é «desajustada e prejudicial para os alunos». Caramba, os dirigentes sindicais confessam que são assim tão maus professores que o seu retorno à actividade prejudicará seriamente os seus alunos?
«O ataque às associações sindicais é o primeiro passo para se pôr em causa a democracia social» rematam.
A «democracia social» na boca destas pessoas é o chamado parasitismo. É serem tão autistas, tão habituados a viverem à custa dos demais que até julgam como natural e mesmo um «direito» os contribuintes pagarem duas vezes por um professor: aquele que dá aulas e o que anda a «defender os interesses», seus e o daquele que dá aulas.