(Adendado)
Scolari requereu à FIFA o «perdão do primeiro cartão amarelo (e necessariamente o vermelho) ao luso-português Deco, uma vez que, no entender de Luiz Felipe Scolari, a amostragem desse amarelo ao médio foi precedida de uma falta a favor de Portugal, com a Holanda a recusar-se a entregar a bola a Portugal e a seguir com o esférico, instigada pelo seu treinador».
Apesar de as Leis do Jogo não o imporem, criou-se no futebol o hábito (salutar) de devolver a posse da bola à equipa adversária quando esta é atirada, propositadamente, para fora do terreno de jogo de forma a permitir a assistência médica a um jogador caído. Num primeiro momento, a bola apenas era devolvida quando o jogador caído pertencia à equipa a quem cabia o lançamento (já que neste caso, o atirar da bola para fora constituia um acto verdadeiramente altruístico). Em tempos mais recentes, esta prática estendeu-se aos casos em que o jogador caído partencia à equipa que lançava a bola para fora. Foi este o caso do jogo de ontem: era Ricardo Carvalho quem estava estendido no solo. Tinha o jogador holandês (Heitinga, se não me engano) o dever de devolver a bola a Portugal? De acordo com as leis do jogo (Lei XVI), não. A não ser que se entenda que o costume é fonte de direito futebolístico. Esperemos para ver o que diz a FIFA.
Sobre este assunto, vale a pena recordar esta história do jogo Arsenal-Tottenham Hotspur, que levou mesmo Arsène Wenger a decretar a «morte do fair play» no futebol inglês.
Scolari requereu à FIFA o «perdão do primeiro cartão amarelo (e necessariamente o vermelho) ao luso-português Deco, uma vez que, no entender de Luiz Felipe Scolari, a amostragem desse amarelo ao médio foi precedida de uma falta a favor de Portugal, com a Holanda a recusar-se a entregar a bola a Portugal e a seguir com o esférico, instigada pelo seu treinador».
Apesar de as Leis do Jogo não o imporem, criou-se no futebol o hábito (salutar) de devolver a posse da bola à equipa adversária quando esta é atirada, propositadamente, para fora do terreno de jogo de forma a permitir a assistência médica a um jogador caído. Num primeiro momento, a bola apenas era devolvida quando o jogador caído pertencia à equipa a quem cabia o lançamento (já que neste caso, o atirar da bola para fora constituia um acto verdadeiramente altruístico). Em tempos mais recentes, esta prática estendeu-se aos casos em que o jogador caído partencia à equipa que lançava a bola para fora. Foi este o caso do jogo de ontem: era Ricardo Carvalho quem estava estendido no solo. Tinha o jogador holandês (Heitinga, se não me engano) o dever de devolver a bola a Portugal? De acordo com as leis do jogo (Lei XVI), não. A não ser que se entenda que o costume é fonte de direito futebolístico. Esperemos para ver o que diz a FIFA.
Sobre este assunto, vale a pena recordar esta história do jogo Arsenal-Tottenham Hotspur, que levou mesmo Arsène Wenger a decretar a «morte do fair play» no futebol inglês.
Adenda: «a FIFA não prevê qualquer medida disciplinar, pois a atitude de Heitinga não fere nenhum regulamento, tratando-se apenas de "uma questão de cavalheirismo"». Afinal, a devolução da bola nas circunstâncias descritas não é uma obrigação jurídica.