O do Centro de Cirurgia Cardio-torácica (CCT) dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Uma instituição pública que prima pela qualidade e pela eficácia, dá lucro e permite-se distribuir uma parte do mesmo pelos respectivos Colaboradores, qualquer coisa como uma média de 3 salários (!!!).
Prova de que a "coisa pública" pode funcionar em Portugal? Longe disso! Prova de que as coisas só funcionam em função do voluntarismo de alguém com força, prestígio, porventura espírito de missão suficientes para impor as suas regras e condições. Manuel Antunes impô-las, fazendo tábua raza de todos os normativos e regulamentos que regem a nossa função pública e que só promovem a ineficiência e o laxismo.
O "segredo" é simples, sendo há muito aplicado nas organizações de sucesso: exigência, responsabilização, rigor nos gastos, dedicação exclusiva, avaliação do mérito e prémios em consonância.
Casos de sucesso como este deveriam ser emulados por toda a Função Pública. Tal não acontecerá enquanto a lógica do sistema não premiar o mérito. O próprio CCT tenderá a nivelar-se pela mediocridade envolvente um dia que Manuel Antunes o abandone.