O que levará um cidadão sírio, suspeito de estar ligado ao atentado terrorista de 11 de Março em Madrid, a filiar-se no PSOE apenas dois meses depois desse mesmo atentado?
Quaisquer que fossem as razões de tal acto, a expulsão imediata de um (por ora) simples suspeito decidida ontem pelo PSOE, parece uma daquelas medidas excepcionais de combate ao terrorismo, muito pouco democrática.
Não sendo exactamente o mesmo que ser-se enviado para Guantanamo sem culpa formada, o princípio é idêntico: os suspeitos de terorrismo não têm os mesmos direitos que os demais suspeitos de actividades criminosas.
Imagine o leitor que os partidos portugueses desatam a expulsar imediatamente os seus filiados suspeitos (ou mesmo acusados) de crimes de delito comum...