Resumo do caso Lusomundo

Uma empresa privada vendeu um grupo de comunicação social a outra empresa privada. Se vendeu bem ou mal, o problema é dos respectivos accionistas. Como o estado detém uma Golden Share na empresa vendedora, o panorama mediático nacional ficou muito mais saudável. Augusto Santos Silva mostrou algum desagrado com a venda, sugerindo que ela devia ser aprovada pelo futuro governo PS, o que é mau sinal. Há uma alta autoridade qualquer que tem direito a um parecer vinculativo, o que mostra que em Portugal os direitos de propriedade são muito limitados. A empresa privada compradora é portuguesa. Tem estatuto de outsider, o que é positivo. Podia ser espanhola que ia dar ao mesmo. Ou talvez não. Se fosse espanhola as garantias de qualidade e de independência em relação aos grupos de pressão nacionais seriam maiores. O grupo de comunicação social vendido é agora uma questão privada. Como sempre devia ter sido. É agora necessário privatizar a RTP, a RDP e a Lusa.