VM está na berlinda. É um homem inteligente, com uma escrita interessante. Pena que as curvas do seu pensamento estejam subordinadas à lógica partidária.
Assim, tendo JS tomado algumas medidas de índole liberal, compreende-se que VM escreva em prol do liberalismo.
Concordo com VM quando ele considera que a proibição constitucional do número único é uma aberração: a questão é que VM só é contra, hoje, porque tal resulta do programa eleitoral do PS; como era a favor, quando o número único aparentava ser uma medida típica do Estado Novo.
Em geral, concordo com o que VM escreveu sobre o monopólio das farmácias na comercialização de medicamentos de venda livre, em coerência, aliás, com o que ele sempre terá defendido. Penso, contudo, ser excessiva a conclusão de que JS anunciou o fim deste monopólio na tomada de posse como "sinal" a todos os lobis. VM, no Público, citado por PMF aqui no Blasfémias, enumera todos os grupos de interesses que o PS irá sacrificar, se necessário, em prol do interesse geral: fico à espera, mas cheira-me que VM anda algo entusiasmado neste início de governação...
Para quem tem dúvidas sobre a orientação ideológica de VM, recomendo a letura do post de hoje no Causa Nossa, O fim do Regime da Função Pública?, onde o nosso inefável constitucionalista vem defender uma forma de contratação cuja principal característica é a inamobilidade e impossibilidade de despedimento. Liberal? Quando os ventos sopram de Norte, talvez ...