4.8.05

4 ANOS DEPOIS...

(Ver aqui e aqui)
Já antes escrevi que a imposição aparelhística do afastamento de Paulo Morais das listas de Rui Rio era um facto que ultrapassava a dimensão dos seus protagonistas.

Daí ressaltam duas conclusões:
1.
É demasiado difícil ter poder de decisão no poder local e afrontar os interesses imobilários.
2.
Rui Rio representa hoje quase tudo aquilo que quis combater há 4 anos.

Dizem-me que RRio é o mesmo. Não é verdade. Quem o apoiou de perto, vê e lamenta a metamorfose.

De uma vez por todas:


- O RRio de há 4 anos não cederia às pressões do aparelho.
- O RRio de há 4 anos afrontaria os interesses imobiliários em vez de se lhes vergar.
- O RRio de há 4 anos queria mesmo mudar e não preferiria estagnar no status quo.
- O RRio de há 4 anos não deixaria, sorrateiramente, passar o prazo da contestação do processo sobre as construções no Parque da Cidade.
- O RRio de há 4 anos não admitiria que os tunantes da concelhia e distrital do PSD-Porto lhe fizessem a lista, vetando alguns nomes e impondo outros.
- O RRio de há 4 anos não consentiria que um analfabeto cultural, um poço de vícios do pior do aparelhismo, se tornasse seu Vice-Presidente na Câmara do Porto.
- O RRio de há 4 anos queria apenas o Porto sem trampolins para lado nenhum - não estava com a cabeça na corrida para o Congresso do PSD daqui a algum tempo.
- O RRio de há 4 anos nunca se deixaria entalar entre a sequíssima figura do Dr. Marco António (não o de Áccio) e o burlesco comprometido do Major Valentim Loureiro.
- O RRio de há 4 anos era uma grande esperança - o RRio de hoje é uma desilusão para quem acreditou que é possível fazer diferente na política local.