4.8.05

Os principais erros dos estatistas

A propósito deste post de Pedro Santos Cardoso:

1. O estado não representa o interesse geral. O estado tende a representar os interesses de quem a dado momento o controla. Os agentes do estado são tão humanos como os outros, com a agravante que têm um incentivo para defender interesses contrários aqueles que supostamente deviam defender.

2. Os agentes do estado não são omniscientes. A informação é um bem económico como qualquer outro. O estado não produz informação de forma económica pelas mesmas razões que não consegue produzir televisores de forma económica. A saber:

a) os agentes do estado têm um incentivo para usar a informação em proveito próprio;

b) a informação está dispersa por toda a sociedade e a sua centralização é cara;


3. O estado não pode fazer opções morais concretas porque não reúne duas das condições essenciais para que as decisões morais concretas sejam eficientes:

a) o estado não tem rosto e não pode ser responsabilizado por decisões morais concretas;

b) as decisões morais concretas só podem ser tomadas com conhecimento de causa e por quem tem um controlo fino sobre as suas consequências. O estado, ao contrário de cada indivíduo, não tem um conhecimento fino de circunstâncias locais nem tem um controlo fino das consequências das suas acções. As opções morais do estado são sempre cegas.