19.11.05

HOMOFOBIA?


Eu também - só que não sinto qualquer ânsia em exibir essa evidência...

Aqui, afirmei não concordar com muito do conteúdo do artigo de Miguel Sousa Tavares - mas é inegável o seu desassombro, a sua recusa em pensar pelos cânones. Esse bem é tão escasso na imprensa portuguesa que entendo que pessoas como MST devem ser louvadas mesmo quando não se acompanham plenamente as suas opiniões.
A arma mais constante do politicamente correcto é invectivar com qualificativos extremos aqueles que se atrevem a duvidar das verdades estabelecidas.Quase automaticamente, o desfecho habitual acontece assim: se não pensas exactamente como nós, então defendes o oposto de tudo o que é aceitável!
O nome surge, imparável - homofóbico! É um dardo terrível que situa o destinatário mais desprevenido fora do alcance de qualquer possibilidade de redenção bem-pensante.
Por mim, não julgo interessante saber quais as preferências sexuais daqueles com quem não tenho qualquer relação. Não me importa se as pessoas ditas públicas dormem com gente do mesmo sexo - desde que estas tenham plena capacidade de determinação de vontade - ou se costumam exercer comportamentos ainda mais afastados do tradicional.
Faço, apenas, excepção aos líderes de opinião, políticos ou outros, que usem o tema da chamada "moral sexual" no seu discurso público quando este está em contradição flagrante com a sua conduta privada - somente por uma questão de coerência.
Mas repugnam-me, cada vez mais, os homossexuais fanfarrões, aqueles que patenteiam até ao limite a sua ?diferença?, vincando-a o mais possível, para logo depois exigirem... a igualdade social plena.

Não gosto destes Carnavais fora da época. Não tenho desejo em conviver com pessoas que constante e compulsivamente pretendem exibir a sua predilecção sexual, buscando qualquer pretexto, por mais frágil que seja, para se vitimizarem até à exaustão.
A falta de naturalidade do actual "movimento gay" e a paradoxal imposição a todos os cidadãos de que a temos de aceitar naturalmente, talvez esteja na raiz dos limitadíssimos resquícios das poucas rejeições que os homossexuais ainda hoje sofrem.
Este é um bom conselho.