Oficialmente estão a desenvolver-se programas de cooperação com países como o Senegal, o Mali, a Guiné Bissau, a Líbia ou a Serra Leoa com vista ao controlo da imigração. Como é que se podem desenvolver programas de cooperação e promoção de emprego e formação em países cujos governos deixam muito a desejar ou nem existem no verdadeiro sentido do termo?
Não pode e como não pode faz-se o que se pode. Esta história retirada do jornal espanhol "ABC" acerca dum voo de repatriamento saído das Canárias é um exemplo daquilo que a UE não pode dizer que faz mas que fez, faz e continuará a fazer, embora oficialmente apenas se mostrem imagens de criancinhas a receber água, vacinas e cereais:
«el viaje, que debería haber durado unos tres o cuatro horas, se «alargó durante veinte» porque al llegar al aeropuerto de destino, en Guinea Bissau, «las instalaciones estaban cerradas y tuvieron que ir a Dakar».
Sobre las cinco de la mañana, y después de negociar con el cónsul de España en Bissau, «abrieron el aeropuerto y tomaron tierra». Una vez abandonaron el avión, «se entregó un sobre con 300 euros cada uno de los 33 inmigrantes y un maletín con contenido o cantidades desconocidas a las autoridades locales», dijo este lunes el representante regional de la Española de Policía (CEP) en Canarias, Agustín Brito. (...) Las mismas fuentes añadieron que las autoridades locales recibieron de los policías que custodiaban a los inmigrantes «cajas de whisky, de papas y ordenadores», además del «maletín».»
O Ministério do Interior espanhol classificou o whisky e outros presentes entregues aos representantes do Governo de Bissau como gestos de «amizade» e «colaboração». Quanto ao «maletín» aos costumes disse nada. Mas, goste-se ou não, quem guarda as nossas fronteiras são os «maletínes»!