Afinal a redução de efectivos da Função Pública é mais simples do que parece. Um funcionário que ganhe 200 contos passa a ganhar 133 no quadro de supranumerários. Se acumular com um emprego no privado de 200 contos (onde, ao contrário do que acontece na função pública, tem que produzir riqueza) passa a ganhar 333 contos. Destes, o estado consegue ir buscar pelo menos metade em impostos e contribuições. Logo, aquilo que era uma perda de cerca de 100 contos por mês (admitindo que o funcionário no sector público não produzia nada e que dos 200 contos de salário, 50% voltavam ao estado via impostos) passa a ser um ganho para o estado de 33 contos (333*.5-133=33) e um ganho para o PIB de 200 contos/mês.
(Note-se que numa fase incial há uma perda porque o supranumerário vai concorrer com os desempregados, mas a a partir do momento em que a economia se adapta ao novo trabalhador vindo do sector público, é o próprio trabalho do novo trabalhador que gera o seu emprego. Importar trabalhadores do sector público pode ser melhor que importar imigrantes da Ucrânia)