La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la, [Refrão]
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]
Pergunto aos banqueiros que levam
tanto juro à flor das águas
e os banqueiros não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai bancos do meu país
meu dinheiro à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde euro desfolhas
pede notícias e diz
aos donos de tantas notas
que morro por meu país.###
Pergunto aos Salgados e Pintos que passam
por que vão de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na exploração.
Vi florir os verdes euros
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de cobrar impostos
vi sempre os ombros curvados.
E a banca não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi os impostos na margem
dos capitais que vão pró mar
como quem ama a gatunagem
e tem sempre uma offshore onde ficar.
Vi capitais a partir
(minha «massa» à flor das águas)
vi os banqueiros a rir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale justiça fiscal em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha «guita» parada
à beira de um juro triste.
Ninguém diz nada de novo
se impostos vou pedindo
nas mãos vazias do governo
vi a banca florindo.
E a noite cresce por dentro
dos banqueiros do meu país.
Peço imposto ao governo
e o governo nada me diz.
Quatro notas tem o euro
fiscalidade cinco sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.]
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que colecta
imposto ao banqueiro que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la, [Refrão]
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]