Em Portugal não está, com certeza. Os nossos "liberais" andam perdidos por entre boçais deslumbramentos sociais, confundindo a luta pela Liberdade com a recusa das «xanatas» e o uso do «chapéu-de-coco», como magistralmente demonstrou o rui num dos textos mais plurisignificativos já publicados no Blasfémias.
Outros, pior ainda, querem que a superstição contamine um pensamento que tem de ser racional acima de tudo - a intenção principal destes militantes do fundamentalismo católico, que se dizem liberais, reduz-se a um esforço de que a intervenção dos poderes públicos seja pura e simplesmente substituída pela ingerência dos poderes religiosos.
Onde estão, pois, as atitudes liberais? Para além dos textos dos clássicos, dos desabafos em blogues, dos sonhos e das utopias, onde será possível encontrar no mundo contemporâneo um modelo que ilustre a possibilidade de se poder ter um comportamento relevante que faça a diferença por prescindir do Estado, por ser laico e assentar no mérito dos protagonistas?
Dois bons exemplos disso mesmo podem ser vistos no último programa do "60 Minutes". Não perca, hoje, às 22 horas, na Sic-Notícias.