(Ver aqui) Nestes últimos dias o eventual afastamento de Paulo Morais da lista de vereação de Rui Rio tem sido "justificado" pelas vozes anónimas do aparelho laranja e pelos escribas de serviço como devido à sua alegada propensão para causar «polémicas».
Convém sermos totalmente claros:
- As duas maiores polémicas do mandato de Rui Rio foram a guerra com o F. C. do Porto e o conflito a propósito da instalação do Corte Inglés. Nenhuma das duas foi provocada por Paulo Morais nem consta que nelas tivesse tido qualquer intervenção mais ou menos «belicista».
- Se agora existem pressões enormes para afastar Paulo Morais a que, pelos vistos, Rui Rio não tem conseguido resistir, estas não se devem à questão da melhor ou pior execução do programa "Porto Feliz", nem ao problema dos arrumadores, nem ao facto de Paulo Morais ter ordenado a demolição de 9 blocos do supermercado de droga conhecido por "bairro de S. João de Deus", nem mesmo aos despejos daqueles que tinham habitação social sem preencherem os requisitos.
- Se há forças bem maiores do que o actual presidente da Câmara do Porto que querem vêr Paulo Morais fora do seu lugar, tal deve-se às pressões de certos construtores e de alguns dirigentes locais do PSD habituados aos "esquemas" favoráveis do urbanismo camarário que nenhum rotativismo político tem conseguido debelar.
- Em suma, este caso está prestes a comprovar que Rui Rio está a ceder à lógica contra a qual se candidatou há 4 anos.
