Timor e as trapalhadas do governo Sócrates/Freitas
###
Depois de Timor ter pedido ajuda a Portugal, o Governo português decidiu formalmente o envio de uma força da GNR para uma «missão com os objectivos propostos, cujas condições serão reguladas por acordo entre a República Portuguesa e a República Democrática de Timor-Leste.». Ou seja, as condições concretas só seriam definidas no futuro.
Mas... pelos vistos, o MNE timorense havia firmado já um acordo com a Austrália, no qual lhe atribuía o comando operacional de todas as forças estrangeiras.
À pressa e para evitar a vergonha de ver os seus soldados serem subalternizados sem o seu consentimento...., o governo português lá conseguiu um acordo (com quem?) de última hora a garantir a autonomia de um comando próprio.
Os australianos, evidentemente, temendo confusão e prejuízo operacional, vieram a Lisboa tentar acertar e coordenar as coisas (aparentemente à margem dos timorenses - ver questões pertinentes de JPP).
O MNE Freitas do Amaral resolveu falar grosso como tanto gosta, invocando os 900 anos de história e blá, blá. Resultado: Portugal não pôde usar o aeroporto de Díli como previsto e tem de desembarcar em Baucau. O que é um indicador de dificuldades operacionais futuras em Díli.
Mais, o MNE australiano passa a defender a necessidade da presença de forças políciais e não militares e da óbvia urgência de um comando conjunto sob a bandeira da ONU (naturalmente um oficial australiano): «"I don't think it is a good thing for Portugal to be standing outside integrated command, otherwise it is going to be like having a football team run on with two different captains.». Tem razão, é mero bom senso.
###
Depois de Timor ter pedido ajuda a Portugal, o Governo português decidiu formalmente o envio de uma força da GNR para uma «missão com os objectivos propostos, cujas condições serão reguladas por acordo entre a República Portuguesa e a República Democrática de Timor-Leste.». Ou seja, as condições concretas só seriam definidas no futuro.
Mas... pelos vistos, o MNE timorense havia firmado já um acordo com a Austrália, no qual lhe atribuía o comando operacional de todas as forças estrangeiras.
À pressa e para evitar a vergonha de ver os seus soldados serem subalternizados sem o seu consentimento...., o governo português lá conseguiu um acordo (com quem?) de última hora a garantir a autonomia de um comando próprio.
Os australianos, evidentemente, temendo confusão e prejuízo operacional, vieram a Lisboa tentar acertar e coordenar as coisas (aparentemente à margem dos timorenses - ver questões pertinentes de JPP).
O MNE Freitas do Amaral resolveu falar grosso como tanto gosta, invocando os 900 anos de história e blá, blá. Resultado: Portugal não pôde usar o aeroporto de Díli como previsto e tem de desembarcar em Baucau. O que é um indicador de dificuldades operacionais futuras em Díli.
Mais, o MNE australiano passa a defender a necessidade da presença de forças políciais e não militares e da óbvia urgência de um comando conjunto sob a bandeira da ONU (naturalmente um oficial australiano): «"I don't think it is a good thing for Portugal to be standing outside integrated command, otherwise it is going to be like having a football team run on with two different captains.». Tem razão, é mero bom senso.