19.6.06

Microgestão da economia

Não é só o Francisco Louçã. A esmagadora maioria dos políticos aspiram a fazer a microgestão da economia. Trata-se de uma forma de brincar ao empreendedorismo com o dinheiro dos outros. O risco é mínimo para o político e máximo para o contribuinte. Numa única edição do Diário de Notícias temos vários exemplos. Políticos que nos garantem que o investimento na Ota e no TGV é necessário, que o grande desafio para Portugal é o investimento na inovação, que os geradores gigantes são o futuro da energia eólica, que os taxis devem usar gás natural, que o tempo de viagem óptimo para a ligação de combóio entre Lisboa e Porto é de 1h30m, que as empresas de trabalho temporário não devem poder ceder trabalhadores umas às outras para posterior cedência a terceiros e que as pessoas devem viajar de metro e de combóio. Grandes visionários. Que grandes empresários que eles não dariam. Só é pena que daqui a 4 ou 5 anos já não estejam nos respectivos cargos para responder pelos resultados dos seus magníficos planos estratégicos.