O Filipe Moura, no Avesso do Avesso, pergunta onde «estão as estão as condenações por parte dos blogues de direita?» ao suposto ataque a uma praia na Faixa de Gaza, do qual resultaram dez mortos, incluindo três crianças. A fonte do FM é uma notícia da autoria de Abel Coelho de Morais, publicada no DN de dez de Junho, com o título «Israel mata três crianças em Gaza».
O Filipe Moura não refere que, no mesmo texto, apesar do título, se escreve que o governo israelita, liderado por Ehud Olmert, ordenou a abertura de um inquérito, para «para determinar a origem dos disparos» e que se citam declarações à BBC de um porta voz das forças de defesa de Israel, que declarou «não se tratarem de disparos nem da força aérea nem da marinha» e que está a ser investigado se «foram tiros de artilharia», havendo ainda «a possibilidade de nem sequer se tratar de disparos israelitas».
###O Filipe Moura não refere que, no mesmo texto, apesar do título, se escreve que o governo israelita, liderado por Ehud Olmert, ordenou a abertura de um inquérito, para «para determinar a origem dos disparos» e que se citam declarações à BBC de um porta voz das forças de defesa de Israel, que declarou «não se tratarem de disparos nem da força aérea nem da marinha» e que está a ser investigado se «foram tiros de artilharia», havendo ainda «a possibilidade de nem sequer se tratar de disparos israelitas».
Na passada terça-feira, numa conferência que contou com a presença do ministro da defesa israelita, foram apresentados os resultados do tal inquérito:
O Governo israelita mente? Talvez. Mas a verdade é que no dia da conferência de imprensa, um ataque da força aérea israelita a uma carrinha que transportava mísseis e que acabou por causar a morte a sete civis palestinianos, foi imediatamente reconhecido por Israel, o que legitima, pelo menos, a dúvida sobre o título do DN (DN que, apesar de, no segundo texto, voltar a referir as mortes ocorridas na praia, ignora completamente o desmentido israelita).
A morte de civis palestinianos é tão lamentável como a morte de civis israelitas. Não há, porém, comparação possível entre um ataque terrorista cujo objectivo é, apenas, a morte de civis inocentes e a morte acidental de civis num ataque dirigido contra terroristas que não hesitam sequer em matar os seus compatriotas.
«The accumulating evidence proves that this incident was not due to Israeli forces. [?] We checked each and every shell that was fired from the sea, the air and from the artillery on the land and we found out that we can track each and every one according to a timetable and according to the accuracy of where they hit the ground».
«The probe concludes that the blast was probably caused by an explosive device buried in the sand, but does not determine categorically whether it was planted by Palestinians or was an old IDF dud».
O Governo israelita mente? Talvez. Mas a verdade é que no dia da conferência de imprensa, um ataque da força aérea israelita a uma carrinha que transportava mísseis e que acabou por causar a morte a sete civis palestinianos, foi imediatamente reconhecido por Israel, o que legitima, pelo menos, a dúvida sobre o título do DN (DN que, apesar de, no segundo texto, voltar a referir as mortes ocorridas na praia, ignora completamente o desmentido israelita).
A morte de civis palestinianos é tão lamentável como a morte de civis israelitas. Não há, porém, comparação possível entre um ataque terrorista cujo objectivo é, apenas, a morte de civis inocentes e a morte acidental de civis num ataque dirigido contra terroristas que não hesitam sequer em matar os seus compatriotas.