Até na morte foi aproveitada aquela que nunca deixou de o ser enquanto viveu.
Ontem, José Castelllo-Branco falava nos «diálogos esotéricos» que com ela manteve.
Paulo Portas fez de "penetra" na cerimónia religiosa privada (Público, edição em papel).
Santana exibiu uma gravata preta no debate eleitoral.
Mas não há nada de novo debaixo de céu.
Já em 1945 o Cardeal Cerejeira fazia de intermediário da irmã Lúcia levando às mãos do ditador Salazar esta carta que rezava o seguinte:
«Salazar é a pessoa por Ele (Deus) escolhida para continuar a governar a nossa Pátria, ... a ele é que será concedida a luz e graça para conduzir o nosso povo pelos caminhos da paz e da prosperidade. É preciso fazer compreender ao povo que as privações e sofrimentos dos últimos anos não foram efeito de falta alguma de Salazar, mas sim provas que Deus nos enviou pelos nossos pecados. Já o bom Deus ao prometer a graça da paz à nossa nação nos anunciou vários sofrimentos, pela razão de que nós éramos também culpados...»
(fonte Diário Ateísta)