Ontem ouvi na TSF declarações do vereador portuense Rui Sá, responsável dos SMAS, anunciando o início de uma campanha junto dos munícipes para os sensibilizar da necessidade de efectuarem poupanças no consumo de água.
Eu não tenho nenhuma dúvida quanto à necessidade de economizar água, um recurso vital que poderá escassear se persistir a actual seca. Mas também não tenho qualquer dúvida quanto ao resultado prático da campanha: nenhum no comportamento dos consumidores e negativo na bolsa dos munícipes, que irão custeá-la em benefício da(s) empresa(s) que a executará(ão).
Esta história de "campanhas de sensibilização" é algo que sempre foi muito caro à esquerda, sempre pronta a querer definir e impor padrões comportamentais aos outros. Defendem isto em simultâneo com a existência de preços subsidiados de determinados bens básicos, como é o caso da água.
A definição de uma política de preços racional é, pelos vistos, uma medida proscrita para bens básicos cuja mercantilização é considerada sacrilégio. O contribuinte que pague, jamais o utilizador...