Parece que o desemprego subiu num dos últimos trimestres, o que deu lugar a uma série de especulações sobre a relação entre as políticas do governo e a taxa de desemprego. Em parte, estas especulações são promovidas pelos nossos jornalistas, a maior parte dos quais vítimas da iliteracia matemática e económica. Variações nas estatísticas dão sempre notícia, mesmo que essas variações se devam a factores sazonais ou a oscilações explicáveis pela margem de erro do método estatístico. E os políticos nunca deixam de explorar de forma demagógica este tipo de variações. Muitas vezes com proveito.
A discussão é inútil porque as verdadeiras causas do desemprego são: os ciclos económicos, o peso do estado na economia, a criação de empregos fictícios pelo estado, o subsídio de desemprego, o salário mínimo e os direitos dos trabalhadores. O peso do estado na economia impede a formação de empresas competitivas, a criação de empregos fictícios pelo estado cria problemas estruturais na economia, o subsídio de desemprego desincentiva a procura activa de emprego, o salário mínimo e os direitos dos trabalhadores tornam o mercado laboral rígido e desincentivam as contratações.