Religiosa católica norte-americana de 73 anos, a trabalhar há mais de 30 anos na amazónia brasileira, Dorothy Stang, foi assassinada na semana passada quando saía de casa para trabalhar. Acompanhada por 2 trabalhadores rurais, a sua viatura foi mandada parar por elementos armados que a retiraram da viatura e a atingiram com vários tiros. Os seus acompanhantes que fugiram ainda a ouviram a recitar umas passagens bíblicas antes de ecoarem os tiros.
Aquela activista dos direitos humanos tinha-se destacado em defesa dos direitos das comunidades índigenas, trabalhadores rurais e protecção ambiental.
Aquela região (Estado do Pará, no nordeste brasileiro) , vive ainda num clima social selvagem, no qual as liberdades individuais e o Estado de Direito são miragens para quase todos, tendo só no ano de 2004 sido assassinados mais de 1200 pessoas. Na esmagadora maioria dos casos, tais crimes ficaram totalmente impunes. É talvez a região do mundo onde se trava a luta mais violenta pela posse da terra, pelo acesso aos recursos e riquezas naturais e pela conquista dos direitos e liberdades individuais e sociais.