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Quando há 2 meses atrás o árbitro Anders Frisk foi atingido por um objecto lançado pelos adeptos do Roma ninguém veio dizer que havia uma conspiração anti-arbitragem protagonizada por putativos «
inimigos do futebol».
O próprio visado também não aproveitou esse ensejo para se despedir da arbitragem. Não - dirigiu-se ao hospital, curou-se e continuou a apitar normalmente.
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Mas quando o melhor treinador do mundo protesta perante a inusitada visita do treinador-adjunto do Barcelona ao balneário de Frisk durante o intervalo do Barcelona - Chelsea,
prova o que diz e não se coíbe de contestar as decisões do sueco, isso é um comportamento lesa-futebol próprio de um «
inimigo».
Retiro duas conclusões:
1. Lá como cá, como quase toda a parte, nada causa mais engulhos do que um vencedor que sabe que o é;
2. A decisão de Frisk de abandonar a arbitragem ou foi uma precipitação descabida (infelizmente, as ameaças aos árbitros são vulgares) ou, face às acusações de Mourinho,
revela demasiada insegurança e muito má consciência.