O chamado «Caso Mateus» envolvendo um jogador do Gil Vicente deveria ser um verdadeiro case study do futebol dito profissional.
A polémica iniciou-se em Janeiro deste ano mas apenas conheceu decisão final (dentro do sistema jurídico desportivo), esta semana. Pelo meio foi alvo de umas quantas decisões, em vários sentidos, tomadas pelos orgãos de jurisdição da Federação e disciplinar da Liga. Orgãos que são contituídos por diversos magistrados.
No meio de cenas verdadeiramente hilariantes, com acusações e insultos para todos os gostos, demissões de membros aceites e outras recusadas, nomeações à medida e outras inúmeras palhaçadas, de tudo um pouco aconteceu.
Entretanto realizaram-se eleições para os orgãos dirigentes da Liga que se apresentaram simultaneamente como renovadores e continuadores. Azar. Nem sequer conseguiram que todo o processo eleitoral fosse isento de dúvidas e suspeitas encontrando-se os novos dirigentes impedidos de tomar posse.
E hoje deu-se mais um pequeno contributo para a confusão, sendo incerto o que acontecerá no início do campeonato para o qual apenas faltam dois dias!
É extraordinário como uma actividade profissional envolvendo muitíssimos milhões de euros e centenas ou mesmo milhares de profissionais de todo o tipo não consegue ter um sistema eficaz de gestão, nomeadamente de conflitos internos, nem sequer construir uma imagem de seriedade e um mínimo de profissionalismo.