Esquecam a entrevista com a libanesa Brigitte Gabriel. O João Morgado Fernandes já nos fez ver que aquilo não interessa nada. Foram abundantes os nossos equívocos e estamos profundamente embaraçados. Note-se:
1. A entrevista é de 2004. 2004! Dois mil e quatro, vejam bem. Já prescreveu. Que absurdo, publicar uma entrevista do ano do europeu quando já acabou o mundial.
2 A Brigitte vive nos EUA há quase 20 anos. Realmente, onde é que estávamos com a cachola? Como é que alguém que já convive com americanos desde 1989 pode evocar o que aconteceu na pré-história? Até porque está cientificamente provado que o capitalismo fomenta o esquecimento global. É agora evidente que nada daquilo faz sentido, são tudo invenções da Brigitte com base num argumento de Hollywood escrito pelo Dan Brown.###
3. Mais um equívoco grosseiro. A entrevistada fundou uma organização. Como é que fomos cair numa destas? Fica uma promessa solene ao João que nunca mais publicaremos nenhuma opinião emitida por pessoas que façam parte de organizações por elas fundadas para defender aquilo em que acreditam.
4. Outro erro miserável, não reparámos que há mais gente a publicar o que diz a Brigite e, vejam bem, diz o jmf e nós acreditamos piamente, até o governo de Israel. Inacreditável. Que flop... Publicar uma entrevista que também é publicada em Israel. Como é que um blogue responsável como o Blasfémias se deixou arrastar por tão óbvia encenação? Se, ao menos, isto tivesse o selo de profissionalismo do Hezbollah, ainda poderia passar despercebido (até um jornal como o DN cai na esparrela), mas uma coisa destas, com site e assinatura... shame on us!
Como se não bastasse esta sequência de enganos, em má-hora se lembrou a Helena de publicar um post tremendamente desapropriado com uma notícia desencantada de um desconhecido pasquim espanhol. O que vale é que o João continuava bastante atento. E fez-nos ver mais uma vez os nossos equívocos.
Não é novidade. As nossas desculpas. Às vezes distraímo-nos e esquecemo-nos que o Blasfémias é apenas um serviço de notícias de última hora. E nem sequer é um desvio temporal pequeno, a história já tem barbas. Ao que parece, toda a gente sabia das segundas núpcias secretas da viúva do amigo e suposto sobrinho do antigo e respeitadíssimo estadista al-Husseini, Grande Mufti de Jerusalem, com o cunhado do presidente da Tunísia. As nossas desculpas, mais uma vez ao jmf e a todos os nossos leitores. Não sei como é que isto pode ter passado ao lado da Helena, logo ela que não perde uma única Caras, VIP, Nova Gente, Hola ou Ana + Atrevida.
E depois, veio aquela história desagradável dos dinheiros, agarrada à notícia do casamento. O estilo jornalístico deve ser conciso e objectivo e aquela notícia divagava por detalhes sem qualquer interesse sobre dólares, dinheiros, coisas que só servem para desviar as atenções das eleições palestinianas. Um disparate sem perdão, ao arrepio do livro de estilo do Blasfémias.
O Blasfémias errou. Estamos muito envergonhados. Desculpem.