«Em 1948 grupos de judeus armados destroem pelo menos 250 aldeias árabes, provocando, até 1950, o exílio forçado de 900.000 palestinianos.»Não, não foi a não aceitação da decisão da ONU da partilha da Palestina por parte dos árabes nem a guerra que se seguiu, iniciada pela invasão simultânea de Israel por Egipto, Iraque, Síria, Líbano e Jordânia.
O estado de Israel, o único país do Médio Oriente onde ainda vivem lado a lado árabes, cristãos e judeus, é classificado pelo Gestor de Sistemas Informáticos como "teocrático, fundamentalista, onde a lei religiosa é imposta a todos os seus cidadãos. Não há separação de Igreja e Estado". Já os vizinhos de Israel são apenas pobres países soberanos, atacados pelo impiedoso estado sionista.
O terrorismo foi uma coisa passageira, para este programador de Cobol:
«Em 1970, na sequência do chamado "Setembro negro", uma parte da direcção da OLP envereda pelo terrorismo individual, opção que só terminará em 1974.»Acabou em 1974. Em 25 de Abril, provavelmente. No texto ainda se fala de terrorismo, 2 ou 3 vezes. Do terrorismo de Israel. Nem uma palavrinha para Hamas, Hezbollahs, Jihad islâmica, atentados bombistas, desvios de aviões e coisas afins. É sem dúvida um problema de memória. Foi este homem que escreveu:
«Em nome do comunismo, em quase todos os países onde os seus defensores existem, lutou-se e luta-se pela paz, pela independência, pela liberdade e pela democracia.»Pois. Esclarecidos. É a memória persistente. É defeito da ROM.